O Farrapos está a uma vitória de alcançar pela terceira vez em sua história a final do Campeonato Brasileiro de Rugby XV. No entanto, a equipe alviverde terá pela frente um adversário conhecido, que foi algoz do time de Bento Gonçalves na final em 2018 e na semifinal em 2019: a Poli-SP. Apesar do retrospecto negativo recente diante da equipe paulista, o técnico do Farrapos, Javier Cardozo, não trata o confronto como uma oportunidade de revanche, mas sim uma nova chance de conquistar a vaga à decisão pelo título inédito.
Depois de mais de dois anos, o Farrapos voltou a enfrentar uma equipe paulista. Nas quartas de final, o alviverde superou o São José-SP pelo placar de 35 a 16. Agora, o time de Bento Gonçalves terá mais um enfrentamento diante de uma das potencias do rugby nacional da atualidade, fato que, para o treinador, deixa o grupo de atletas ainda mais motivado.
Para Javier Cardozo, o confronto contra a Poli-SP tem um ingrediente distinto dos confrontos anteriores, sobretudo por conta das dificuldades que ambos os clubes passaram por conta da pandemia, mas espera um confronto equilibrado. “Nós sabemos que será um jogo duríssimo, que a exigência é muito alta, concentração o tempo todo, muita preparação para o jogo, e como cada vez que enfrentamos eles, vai ser uma batalha definida nas distintas áreas do jogo”, afirma o treinador.
O técnico do Farrapos pondera, sobretudo, que não enxerga a partida como uma revanche pelas últimas derrotas em mata-matas diante do time paulista. Conforme o treinador, muitos atletas do time alviverde nunca enfrentaram a Poli-SP.
“Não vemos como uma revanche, pois a revanche é algo muito pessoal para os atletas, e o grupo está muito renovado. Tem muitos caras que nunca entraram em campo contra a Poli-SP e que vão jogar no sábado. Então não é um sentimento de revanche contra eles, mas contra nós mesmos. É um sentimento de querer buscar o que não conseguimos em 2019 e que nós acreditamos que temos o potencial de conseguir”, explica Javier Cardozo, que complementa:
Para Javier, o estilo de jogo da Poli se assemelha ao do Farrapos, o que pode se tornar um fator relevante para que o jogo seja ainda mais equilibrado. “Eles têm um time integrado, ou seja, com um equilíbrio muito bom em relação a forwards e backs, têm um maul muito forte, um jogo de base perto. Acima de tudo, é um time experiente, acostumado a jogar decisões. Temos um time bastante parecido com o deles, pois também podemos gerar desgaste e pressão sobre forwards e backs. Acredito que são parecidas as propostas dos dois times. Será um jogo definido por detalhes”, analisa.
Durante a primeira fase, das oito partidas disputadas, o Farrapos atuou somente duas vezes em casa. Conforme o treinador, tal fato ajudou para o time alviverde se adaptar aos diferentes cenários que o aguardam atuando longe de seus domínios. As viagens, sobretudo, tornaram o grupo ainda mais unido em prol do objetivo: o título inédito do Campeonato Brasileiro.
O confronto decisivo contra a Poli-SP, valendo vaga à final, ocorre neste sábado (15), às 15h, em São Paulo-SP. O grupo alviverde viaja para Porto Alegre nesta sexta-feira (14) para pegar o voo para a capital paulista. Na outra semifinal, o Pasteur-SP encara o time do Jacareí-SP.
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