O Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente está comemorando cinco anos. A plataforma foi criada em outubro de 2017, pelo Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz).
Desde a criação, o Portal acumula um total de 4 milhões de usuários, com cerca de 300 mil acessos mensais em todos os estados do Brasil, além de países de língua portuguesa, como Portugal, Moçambique e Angola.
“São 10 mil usuários diferentes de Portugal. Isso é mais um selo de qualidade de uma avaliação muito positiva do conteúdo disponibilizado”, disse hoje (13) àAgência Brasila médica pediatra Maria Auxiliadora Gomes, coordenadora do Portal e pesquisadora do IFF.
O Portal é organizado em quatro eixos de atenção (mulheres, recém-nascidos, crianças e adolescentes) e oferece conteúdo sistematizado por especialistas e disponível em diversos formatos, comoslidese vídeos curtos, todos comlinkspara as referências citadas.
O material é um orientador para as atividades de educação permanente e de formação profissional em diferentes unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para a revisão de processos clínicos norteados pelas boas práticas.
Segundo Maria Auxiliadora, a meta para os próximos anos é manter o mesmo padrão de qualidade, regularidade e disponibilidade de conteúdos; garantir as premissas do Portal de ter uma abordagem multiprofissional com acesso livre, priorizando os principais desafios para a saúde de mulheres e crianças no Brasil. Outro objetivo é avançar em novas modalidades de recursos mais interativos; além de material educacional que dissemine e oriente a prática clínica adequada.
Em articulação com o Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz, o IFF quer avançar ainda na tradução desse conteúdo, inicialmente para o espanhol, visando facilitar o acesso de países mais próximos do Brasil na América Latina. “A ideia é que a gente disponibilize os nossos materiais e tenha tradução simultânea para os nossos eventosonlinetambém em língua espanhola”.
Maria Auxiliadora reiterou que a meta é manter as características que trouxeram para o Portal o reconhecimento em âmbito nacional. “Os números falam por si, os depoimentos dos colegas que atuam nos cuidados com a criança e a mulher em todo o país, depoimentos de gestores, de secretarias de Saúde, do nosso próprio Conselho Nacional de Saúde. Eles mostram a importância de uma ferramenta com acesso livre, com abordagem multiprofissional e fazendo uma gestão do conhecimento que, atualmente, tem um crescimento exponencial baseado em evidências”.
O Portal de Boas Práticas trabalha em parceria com várias instituições, dentre as quais a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (Abenfo), a Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras (Sobep), a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e a Associação Brasileira de Enfermagem de Família e Comunidade (Abefaco).
Essas instituições, ao lado de profissionais de diferentes universidades, atuam na coordenação do conteúdo do portal, em seu planejamento e na avaliação permanente do conteúdo. Ao longo de seus cinco anos de existência, a ferramenta é uma iniciativa única com acesso livre, abordagem multiprofissional e com foco claro nas principais causas de internação, adoecimento e óbito de mulheres e crianças.
“Eu diria que isso vai se manter porque é fruto do papel da Fiocruz e da sua responsabilidade enquanto instituição nacional capaz de oferecer respostas e ferramentas", disse Maria Auxiliadora.
Para o neonatologista e professor da McGill University Health Center, Guilherme Mendes Sant'Anna, participar do portal desde sua criação é uma honra: “Ele faz um trabalho brilhante de difundir conhecimento de boa qualidade em todos os cantos do país. Eu sei de muitos profissionais que utilizam o Portal para melhorar a qualidade do cuidado e para consultar determinadas condutas”.
A coordenadora da Unidade Neonatal do hospital materno infantil de Imperatriz (MA), Tania Mara, comentou que o Portal é sinônimo de conhecimento."Ao longo desses cinco anos, ele nos alicerçou através das evidências científicas, aulas, treinamentos e cursos para melhorar nossas práticas, contribuindo, significativamente, para o aprimoramento da qualidade da assistência neonatal”.
A professora da Escola de Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Andreza Pereira Rodrigues, comemorou os cinco anos da ferramenta. “É uma alegria ter visto nascer e hoje ver crescer o Portal de Boas Práticas, uma estratégia que concretiza um dos maiores desafios da assistência: aproximar as práticas da melhor evidência científica".
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