Região Rodovias
Rota do Sol terá bloqueios para estudos na travessia dos anfíbios
Fluxo de veículos será interrompido nas primeiras horas da manhã e no final da tarde até o dia 18 de outubro.
12/10/2022 09h49 Atualizada há 2 anos
Por: Marcelo Dargelio
Os bloqueios terão duração aproximada de 15 minutos cada em dois intervalos de tempo de duas horas

A RSC 453, no trecho entre Itati e Terra de Areia, conhecida como a rodovia Rota do Sol, terá bloqueio no tráfego de veículos a partir desta quarta-feira, 12 de outubro. O motivo é a realização de estudos junto à ponte dos anfíbios para conferir como está a travessia de animais no local. O objetivo é evitar que aconteçam mais mortes de animais neste período entre a primavera e o verão, onde eles costumam fazer a travessia na rodovia com mais frequência. Até março de 2023 estão programados outros bloqueios mensais momentâneos. As datas e horários das próximas ações serão divulgados posteriormente. 

Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), a ação é mais uma etapa do estudo que monitora o atropelamento de animais silvestres na Rota do Sol e irá avaliar a efetividade das estruturas subterrâneas e aéreas implantadas para a travessia dos anfíbios. Os bloqueios terão duração aproximada de 15 minutos cada em dois intervalos de tempo de duas horas - o primeiro é entre 6h30min e 8h e o segundo entre 17h e 19h. A ação será diária até a próxima terça-feira (18) e acompanhada pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), que controla o fluxo de veículos nos locais.

O monitoramento dos trechos é uma exigência do Ministério Público e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a proteção dos animais da Reserva Mata Paludosa. A área reúne espécies em risco de extinção, algumas existentes somente nessa área do Estado. A preservação ambiental é uma das condições para a manutenção do licenciamento ambiental da rodovia. 

A rodovia recebeu cinco travessias aéreas para anfíbios instaladas junto à Reserva Biológica Mata Paludosa, em Itati. Cada peça teve custo aproximado de R$ 140 mil, o que totaliza R$ 700 mil nas travessias aéreas. Contudo, todo o complexo, incluindo as passagens subterrâneas e o cercamento com material importado exigiu aporte de R$ 2 milhões, incluindo a aquisição e a logística de implantação.

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