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Já ouviu falar de linfoma felino? Saiba tudo desse tipo de câncer

A doença afeta principalmente o sistema linfático, que é formado por uma rede de vasos espalhados por todo o corpo.

Marcelo Dargelio
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
15/12/2018 às 21h02
Já ouviu falar de linfoma felino? Saiba tudo desse tipo de câncer
Divulgação

Os tumores são um grande problema da Medicina Veterinária atual por causa da falta de cura. Eles estão entre as principais causas de morte em 32% dos gatos domésticos. A prevalência desta patologia tende a crescer devido a vários fatores, mas, em grande parte, é o resultado do aumento da esperança de vida dos pets. Por isso é importante os donos conhecerem sobre os tipos de câncer , como o linfoma felino. O linfoma é uma neoplasia maligna, correspondendo a aproximadamente um terço de todos os tumores que atingem a espécie. Os adultos e idosos são os mais afetados pela doença, mas os jovens também são suscetíveis. Além disso, estudos mostraram que machos e siameses apresentam maior disposição para desenvolver o linfoma felino.


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Como o próprio nome já denuncia, a patologia afeta principalmente o sistema linfático, que é formado por uma rede de vasos espalhados por todo o corpo. Ele é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora para a proteção contra bactérias e vírus invasores no organismo. Dentre as regiões do corpo que são atingidas estão os órgãos internos e linfonodos.

Por ser uma doença sem cura e mortal, os donos devem se precaver. Dessa forma, é importante conhecer as causas, seus sintomas, os outros tipos de linfoma e qual o melhor tratamento.

Causas do linfoma felino

As causas dessa patologia ainda são incertas, mas acredita-se que está intimamente relacionada com a infecção por Imunodeficiência felina (FIV) e Leucemia felina (FeLV) , assim como a exposição ao fumo, quadros de inflamação prolongados e alteração do sistema imune. 

De acordo com estudos, os gatos portadores do vírus da leucemia são 60 vezes mais propensos a desenvolver o linfoma. Enquanto isso, animais que vivem em famílias fumantes são duas vezes mais propensos a adoecerem. 

Sintomas

Os sintomas do linfoma variam muito conforme o �³rg�£o ou tecido atingido, mas existem alguns sinais que s�£o comuns

Os sintomas do linfoma variam muito conforme o órgão ou tecido atingido, mas existem alguns sinais que são comuns, como perda de apetite, perda de peso, depressão, letargia (animais fica apático) e inchaço dos nódulos. Esses nódulos recebem o nome popular de "ínguas". Estão situados pelo corpo todo e perto da superfície da pele abaixo do pescoço, nas axilas, nos ombros, na parte traseira das pernas e nas virilhas. Entretanto, apenas de existir alguns sintomas comuns, outros podem aparecer dependendo do tipo de linfoma. 

Tipos de linfoma

Existem v�¡rios tipos de linfoma felino e cada um se manifesta de um jeito

Alimentar

O linfoma alimentar é caracterizado pela infiltração do tumor no sistema gastrointestinal, afetando o estômago, intestinos, fígado e baço. O intestino delgado é comumente mais afetado e, nesses casos, a doença é denominada linfoma intestinal. Esse é o tipo mais comum de linfoma, sendo mais propenso em gatos com idade média entre 8 a 9 anos. Dentre os sintomas, estão perda de peso, vômito, diarreia, anorexia, letargia e fezes com sangue. Fora os sinais, essa doença pode ser diagnosticada através da palpação, já que há maior presença de massa abdominal e intestinal, devido à manifestação do tumor. 

Extranodal

O linfoma extranodal costuma atingir qualquer tecido corporal. Os sintomas da doença estão relacionados aos órgãos afetados, geralmente envolvendo o sistema nervoso, rins, olhos ou um único tecido. 

Ocular : o linfoma ocular ocorre com maior frequência em gatos do que em cães. Os sintomas incluem conjuntivite, doenças oculares, hemorragia, descolamento da retina, aversão à luz, afecção retinal e infiltração do nervo óptico.  

Renal : o linfoma renal é relativamente comum nos gatos e seus sintomas se relacionam a insuficiência renal e irregularidades no órgão, pois os rins são afetados. A progressão desse tipo de tumor está relacionado com a manifestação no Sistema Nervoso Central, ocorrendo de 40 a 50% dos casos.  

Sistema Nervoso Central : geralmente ocorre com multicêntrico (outro tipo de linfoma) e frequentemente afeta gatos que foram primariamente atingidos com linfoma renal. Convulsões, paralisia e paresia estão entre os sintomas da doença. Em alguns casos, o tumor pode se expandir para o Sistema Nervoso Periférico, ocasionando desconforto respiratório, anorexia, letargia, atrofia muscular e mudanças comportamentais.  

Nasal : tumor aparece geralmente em animais de 8 a 10 anos. Seus sintomas incluem dificuldade para respirar, sangramento, corrimento nasal, secreção nasal, deformidade nasal, espirros, letargia, anorexia e perda de peso.  

Multicêntrico

Esse linfoma se caracteriza por atingir vários gânglios e órgãos diferentes, como baço, fígado, rins e medula óssea. Os sintomas irão depender do local afetado, mas normalmente incluem anorexia, mucosas pálidas, perda de peso, depressão e caquexia, um grau extremo de enfraquecimento. Em situações mais raras, o gato pode apresentar lesões oculares, distúrbio de sangramento, sinais neurológicos e infecções. Na maioria dos casos, felinos que desenvolveram o linfoma multicêntrico eram positivos para FIV. 

Diagnóstico da doença

O c�¢ncer em gatos altera muito o comportamento dos bichanos

Como todas as doenças, assim que notar so sintomas leve seu bichano para o veterinário. O diagnóstico deve ser feito com base numa completa história clínica, associada a exames complementares, como teste de hemograma, perfil bioquímico e análise de urina.

O animal também precisará ser testado para FeLV e FIV. Para chegar num diagnóstico definitivo, deve ser obtido com radiografia ou ultrassom e posteriormente citologia/biópsia da massa e biópsia medular.

Tratamento

A quimioterapia é o principal tratamento para linfoma felino. Isso não é uma cura, mas pode ajudar a retardar o tumor e estender o tempo de vida do pet. Em média, de 50 a 80% dos gatos apresentam resultados positivos com a quimio, tendo seis meses de sobrevivência. Animais não infectados por FeLV tem maior probabilidade de sobreviver. 

No entanto, mesmo que o gatinho tolere a quimioterapia, outros efeitos colaterais podem aparecer e afetá-lo, como anorexia e letargia. Por isso, a melhor forma de lidar com o linfoma felino é diagnosticando no estágio inicial. Se estiver em uma região de fácil acesso e esteja limitado, é possível realizar a remoção do tumor por meios cirúrgicos, dispensando a quínio.

O linfoma felino n�£o tem cura, mas se for diagnostica cedo pode ser removido cirurgicamente

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