O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou neste domingo, 9 de outubro, que a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pare a veiculação e divulgação da propaganda que associa o adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao canibalismo. Na propaganda do PT, Bolsonaro aparece em vídeo dizendo que comeria um índio.
A decisão liminar acata o pedido da campanha de reeleição do presidente Bolsonaro, que alegou “desinformação e grave descontextualização” no vídeo. A peça usa trecho de uma entrevista de 2016 em que Bolsonaro falou que “comeria o índio sem problema nenhum”. Segundo a decisão de Sanseverino, a veiculação do vídeo petista ultrapassa os limites da liberdade de expressão. “A reportagem se refere a uma experiência específica dentro de uma comunidade indígena, vivida de acordo com os valores e moralidade vigentes nessa sociedade. Nessas circunstâncias, entende-se que há alteração sensível do sentido original de sua mensagem, o que acarreta potencial prejuízo à sua imagem e à integridade do processo eleitoral que ainda se encontra em curso”, escreveu o ministro.