Educação Polêmica
Diretora de escola em Bento é denunciada por usar dinheiro do CPM em viagem pessoal
Prefeitura diz que Smed investiga o caso, porém, mais uma vez, a diretora permanece no cargo. Pais pedem o afastamento dela da escola.
03/10/2022 16h36 Atualizada há 2 anos
Por: Renata Oliveira

Está virando rotina em algumas escolas municipais de Bento Gonçalves dirigentes se apropriarem de dinheiro que não é seu e nada acontecer com eles. Pela terceira vez somente este ano, uma diretora é denunciada por apropriação indébita de dinheiro da conta do Círculo de Pais e Mestres (CPM) em uma escola municipal. Apesar do valor retirado pela dirigente já ter sido confirmado, ela permanece no cargo e não deve ser afastada.

De acordo com anúncios de alguns pais, o fato ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Félix Faccenda, localizada no bairro Jardim Glória. Nesse terceiro caso a situação é ainda mais complicada, pois os pais denunciam que a diretora se apropriou de mais de R$ 10 mil do CPM para realizar uma viagem pessoal. Além disso, o processo de investigação aberto pela Secretaria Municipal de Educação já está ocorrendo desde junho e a dirigente ainda está trabalhando no mesmo cargo, sem ser afastada. 

O desfalque da conta foi descoberto pelos pais integrantes do CPM da Escola Professor Félix Faccenda, que de pronto denunciaram o caso à SMED. Os mesmos imaginavam que a diretora seria afastada na mesma hora, mas não foi isso que aconteceu. Então, decidiram denunciar o caso para a reportagem do NB, pois não confiam mais na educadora e desejam que ela seja afastada e recolocada em outra instituição de ensino. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Bento, a investigação sobre o ocorrido está em andamento e não há uma previsão de resolução. “Logo que teve conhecimento da situação, a Secretaria de Educação abriu o processo para investigação. Em junho foi aberto um processo administrativo disciplinar, que está em andamento para investigação e não é possível determinar uma data de encerramento”, explica a assessoria. 

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A reportagem do NB questionou se os R$ 10 mil foram devolvidos pela diretora, contudo, não obteve uma resposta do poder público. “Não é possível passar informações sobre a investigação,” respondeu a assessoria.