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"A atitude irresponsável de um sindicato transformou os atendimentos em cenário de guerra"

Hilton Mancio, superintendente do Hospital Tacchini, destacou que reivindicação pelo piso salarial é justa, porém é abusivo promover uma greve no único hospital que é referência para 24 cidades.

29/09/2022 às 22h49 Atualizada em 01/10/2022 às 09h15
Por: Marcelo Dargelio
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Hilton Mancio garante que hospital não é serviço essencial, mas sim serviço crítico - Foto: Divulgação
Hilton Mancio garante que hospital não é serviço essencial, mas sim serviço crítico - Foto: Divulgação

O superintendente do Tacchini Sistema de Saúde, Hilton Mancio, manifestou-se na noite desta quinta-feira, 29 de setembro, sobre a paralisação do setor de enfermagem do Hospital Tacchini. Entre outras coisas, ele destacou que é justa a luta da categoria pelo piso salarial, porém, não há recursos para iniciar o pagamento neste momento.

Para Hilton Mancio, a questão do piso salarial é meritória. A categoria, segundo ele, vem prestando excelentes serviços à comunidade. Ocorre que o Congresso Nacional tinha duas missões: uma era votar e aprovar o piso salarial da Enfermagem e a outra era apontar de onde sairiam os recursos para o pagamento. Mancio destaca que neste ano de 2022 já foi pago o acordo coletivo feito com o sindicato. Depois disso, veio o piso da enfermagem e não há nos cofres dos hospitais como pagar dois reajustes no mesmo ano. "Estamos muito empenhados em buscar junto ao Congresso Nacional os meios necessários para fazer o pagamento deste piso salarial", destacou o superintendente.

Em relação a reorganização do atendimento de pacientes com a paralisação de 24 horas realizadas pelos técnicos e enfermeiros, Hilton Mancio destaca que é preciso louvar o desdobramento e a dedicação dos funcionários que seguiram trabalhando. Ele relata que durante a noite, há setores em que nenhum técnico funcionário veio trabalhar. Na noite desta quinta-feira, 29, há 34% dos técnicos trabalhando na casa de saúde. "O serviço no hospital não é essencial, é serviço crítico. Com 30% de um quadro funcional apenas, é quase impossível manter um atendimento razoável dentro do hospital. A atitude do sindicato foi abusiva, pois instigar uma paralisação no único hospital de um nunicípio que é referência para 24 cidades. Isso é inadmissível", revelou Mancio.

O superintendente do Hospital Tacchini revela que a paralisação representa um risco para a manutenção dos serviços. Alguns profissionais foram remanejados para manter o serviço. O problema é que o nível de stress é triplicado, os funcionários não tem tempo para descansar e o nível de tensão aumenta consideravelmente. "O que este sindicato está fazendo é uma atitude irresponsável, transformou os atendimentos dentro do hospital em um cenário de guerra", finalizou Mancio

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