A Polícia Civil de Garibaldi, através do Delegado Clóvis Rodrigues de Souza, elucidou os crimes que vitimaram Paulo Reuhs, de 56 anos, no dia 9 de agosto, e Rodrigo da Silva, de 25 anos, que foi assassinado na madrugada do dia 15 de agosto, no Hospital São Pedro, em Garibaldi. As investigações, que contaram com o auxílio do Instituto Geral de Perícias (IGP), descobriram os autores dos crimes. Trata-se de Moisés Pereira da Veiga, de 37 anos, que já se encontra preso, o qual foi o responsável por assassinar Rodrigo que, por sua vez, foi o autor do homicídio de Paulo Reuhs, morto ao defender a filha de Moisés dos disparos.
A prova material incontroversa, que possibilitou a identificação do criminoso e a confirmação da autoria do crime por parte deste indivíduo, foi uma digital deixada por Moisés em uma porta no momento de sua fuga. A Polícia Civil o confrontou com as provas materiais e, de forma voluntária, assumiu a autoria do crime.
A elucidação dos fatos
No dia 9 de agosto, um indivíduo, este confirmado posteriormente sendo Rodrigo da Silva, invadiu a casa de Moisés para tentar matar a sua filha. No entanto, em um ato heroico, Paulo Reuhs a protegeu dos disparos, os quais o atingiu, falecendo na hora.
No dia 14 de agosto, Moisés invadiu a residência da namorada e disparou contra Rodrigo da Silva, o qual sobreviveu aos disparos e foi encaminhado ao Hospital São Pedro. Conforme o Delegado Clóvis, uma das balas havia o atingido nas costas, não correndo risco de morte.
Na madrugada do dia 15 de agosto, Moisés invadiu o hospital. Ele pulou um portão de 2 metros, o qual estava trancado. Posteriormente, percorreu os corredores até encontrar a porta que dá acesso para a UTI, onde estava Rodrigo da Silva. Exatos 16 segundos antes, uma enfermeira deixa o local onde estava a vítima. O autor do crime consegue arrombar a porta da UTI e efetuar os disparos contra Rodrigo, que morreu na hora.
Na fuga, o assassino não sabia para onde ir em sua rota de fuga do hospital. Ao tentar adentrar em um dos quartos, ele coloca a sua mão esquerda sobre o vidro para tentar encontrar a porta. Posteriormente, Moisés pula de uma janela de 5 metros e foge em uma motocicleta.
Em uma investigação minuciosa, os policiais observaram o fato, através da análise incansável das imagens fornecidas pelo Hospital. Desta forma, a digital deixada por Moisés no vidro foi colhida, sendo determinante para a identificação do autor do crime. Outras provas se somaram para encontrar o assassino, como a sua altura e os calçados utilizados, o quais eram os mesmos utilizados quando Moisés foi preso.
Em sua confissão, Moisés afirmou que a motivação do crime foi por ter ficado com medo que Rodrigo da Silva e outro indivíduo, o qual está foragido da justiça, viriam matar alguém de sua família. A Polícia Civil afirma que os episódios têm ligação direta com o tráfico de drogas e a disputa por facções no município de Garibaldi.
Outros homicídios cometidos no período entre julho e agosto estão ainda em fase de investigação por parte da Polícia Civil. De acordo com o Delegado Clóvis, alguns crimes que estão sendo investigados podem ter ligação com os crimes elucidados nestes dois casos de homicídio.
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