A prisão do ator da Rede Globo, José Dumont, foi transformada em prisão preventiva pela justiça. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira, 16 de setembro. O artista alegou que o material pornográfico apreendido fazia parte de um “estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros”.
De acordo com a Polícia Civil, ao chegar na casa do ator José Dumont, no bairro do Catete, a polícia não só se deparou com cerca de 240 arquivos, entre imagens e vídeos, de pornografia infantil, como também encontrou um comprovante de depósito bancário original para a vítima de abuso sexual que motivou a operação de busca e apreensão. O artista já era investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) pelo estupro de um menino de 12 anos, que teria recebido os mil reais do ator após o crime.
Segundo a investigação policial, José Dumont teria se aproveitado do prestígio e reconhecimento como ator para atrair a atenção do adolescente de 12 anos, que era seu fã. A investigação aponta ainda que ele desenvolveu um relacionamento próximo com o menino, oferecendo ajuda financeira e presentes, valendo-se da vulnerabilidade financeira da vítima para, a partir daí, fazer investidas com beijos na boca e carícias íntimas, que acabaram sendo captadas por câmeras de vigilância, dando início às investigações.
Na decisão que converteu a prisão em flagrante do ator José Dumont em preventiva, por armazenar pornografia infantil, em audiência de custódia na sexta-feira, 16, o juiz Antonio Luiz da Fonseca Lucchese, argumentou que "a situação tem contornos de gravidade" ao apontar, no documento, que teriam sido encontrados com o ator cerca de 240 arquivos, entre imagens e vídeos, o que indicia reiteração criminosa.
Com mais de 40 de carreira, José Dumont estava escalado para a novela "Todas as Flores", no Globoplay, plataforma de streaming da TV Globo, que tem estreia prevista para outubro. Em nota, a Globo afirmou que o ator foi retirado da trama criada e escrita por João Emanuel Carneiro com direção artística de Carlos Araujo. Em seu lugar, foi escalado o ator Jackson Antunes.
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