O empresário e coach Cristian Tonin, de 38 anos, foi colocado em liberdade provisória pela justiça nesta sexta-feira, 2 de setembro. Ele pagou a fiança estabelecida pelo judiciário e deixou o presídio na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina. O ex-servidor da prefeitura de Farroupilha tinha sido preso na quarta-feira, 31 de agosto, depois de forjar o seu próprio sequestro e tentar extorquir a sua companheira. 

Segundo informações preliminares, Cristian Tonin pagou uma fiança de R$ 4 mil exigida pelo judiciário para ficar em liberdade provisória. Após a confirmação do pagamento ele foi liberado do presídio em Florianópolis. O empresário ficou preso durante dois dias. 

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Tonin, até o momento, não pediu para transferir o processo para o Rio Grande do Sul. Assim, para ficar em liberdade provisória, o ex-assessor deve seguir medidas cautelares, por enquanto, em Florianópolis. Entre elas, formar e atualizar endereço, comparecer trimestralmente em juízo para comprovar as atividades em que atua, comparecer nos atos do processo e não se ausentar da cidade por mais de 30 dias sem justificativa ao tribunal. 

Cristian Tonin foi dado como desaparecido na terça-feira (30), quando a esposa do empresário procurou as autoridades. Na manhã de quarta (31), a esposa foi contatada por supostos criminosos, que pediam dinheiro para liberar o homem. A partir da investigação, a Polícia Civil descobriu que Tonin tinha comprado passagem para Florianópolis. Na capital catarinense, o empresário, que até então era assessor da prefeitura de Farroupilha, foi preso sozinho e com armas de fogo que estão no nome dele, apesar do coach não ter porte de arma. 

Segundo Anselmo Cruz, delegado da Divisão de Sequestros da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina (SC), Cristian Tonin foi interrogado e admitiu a tentativa de forjar o próprio sequestro. O motivo seriam dívidas que estavam vencendo nesta semana e o ex-assessor não estava conseguindo quitá-las. Ele esclareceu que valores foram confiados a ele para investimento, porém o empresário teria perdido esse dinheiro e não conseguiria, agora, pagar as dívidas.