O trânsito da vida de b-boys e b-girls de casa até chegar na quebrada para encontrar sua crew e dançar. Uma narrativa audiovisual sobre possibilidades da dança de rua no corpo de cada um, no contexto da cidade, nos ambientes urbanos. Assim é o espetáculo “Quebrado”, que foi gravado em vídeo e foi lançado no Canal do YouTube da Nest Panos na terça-feira, 30 de agosto. O projeto foi selecionado no edital de 2019 do Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves. 

Integram o elenco de intérpretes-criadores Bernardo Duarte, André Almeida, Ramoniele Janaira, Taiane Rosa, Ana Júlia Vicari, Pedro Ramon Festa e William Ballestrin. Entre solos, duos e trios, intercalados por versos de slam, o grupo trabalha com recursos das danças urbanas e da cultura Hip Hop aliados a procedimentos de dança contemporânea.

O trabalho foi gravado em locais de referência da cultura urbana de Bento Gonçalves como a Praça Vico Barbieri, no Centro da cidade, e a Praça CEU, no bairro Ouro Verde. Antes de realizarem as gravações do vídeo, os intérpretes também tiveram aulas de preparação corporal com o bailarino e coreógrafo Moacir Corrêa e treinos com o coreógrafo Daniel De Almeida, o Preto, que assina as coreografias do trabalho. A direção artística e dramaturgia são do jornalista cultural e crítico de dança Carlinhos Santos, que contou com a colaboração de Daniel De Almeida, Pablo Do Rosário e Pedro Ramon Festa. A produção cultural é de Pedro Ramon Festa. William Ballestrin também é ensaiador e diretor técnico. A edição do vídeo é de Pablo Do Rosário.

Concebida inicialmente para palco, mas que acabou sendo transformada em projeto audiovisual devido à pandemia, a proposta de “Quebrado” está atenta à diversidade de possibilidades de fazer dança contemporânea a partir das organizações de movimentos do breaking, num ambiente cultural que já tem provocações e outras informações coreográficas graças a eventos como o Bento em Dança e o Battle In The Cypher, dentre outros. Assim, o vídeo reúne uma colagem frames, imagens e movimentos, investigando as possibilidades de um corpo em trânsito que parte do breaking para chegar a outras quebradas corporais, em busca de uma dança que se inventa a partir de quedas e levantes.

Assista aqui ao vídeo do espetáculo