A paixão pelo maior evento mundial de futebol por parte do morador de Bento Gonçalves, Charles Mietch, é resumida em sua vasta coleção de álbuns de figurinhas da Copa do Mundo, a qual a mostra com muito orgulho. Desde 1986, por influência do seu irmão, Charles coleciona os álbuns, sendo o primeiro, da Copa do Mundo do México, com figurinhas que vinhas nos chicletes da Ping Pong.
Com oito anos de idade, Charles comprava os chicletes na mercearia para colecionar em seu álbum. Na época, já existia os álbuns da editora Panini, porém ainda eram menos populares que atualmente. “Naquela oportunidade, em 1986, meu irmão tinha 12 anos e eu tinha oito, e morávamos no interior de Crissiumal-RS. Era um momento em que a Ping Pong tinha as figurinhas nos chicletes, e começamos colecionar, por influência do meu irmão. Íamos na mercearia e comprávamos vários chicletes, alguns até descartávamos apenas para ficar com as figurinhas”, relata.
A paixão pelo futebol era impulsionada pela sua dedicação dentro das quatro linhas, uma vez que atuava em categorias de base de clubes do interior, com passagens pelo Guarani, de Venâncio Aires, Caxias e Esportivo. Porém, posteriormente, passou a se dedicar à carreira como profissional na área de tecnologia da informação (TI). Apesar de deixar os gramados, Charles não parou de colecionar os álbuns da Copa do Mundo, mantendo viva a sua paixão pelo esporte.
Em sua coleção estão os álbuns de Copas do Mundo de 1996 (Ping Pong), 1990 (Panini e Ping Pong), 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014, 2018 e 2022, sendo alguns totalmente completados e outros restando poucas figurinhas. Além disso, conta com o álbum da Copa do Mundo de 1982, o qual ganhou de presente de um amigo, abrilhantando ainda mais a coleção.
“No passado era um feito completar um álbum, pois não tinha tantas pessoas que o colecionavam. Atualmente é uma febre. Além disso alguns jogadores de maior destaque eram muito mais difíceis de achar”, relata Charles.
Dentre os álbuns da coleção, Charles relembra com carinho dois deles, que ficaram marcados em sua memória: “O primeiro é o que temos maior carinho e que nunca nos esquecemos. A Copa do México de 1986 foi marcante por ser o primeiro álbum. Diria também a Copa de 1994. Eu estava com meus 16 anos e vi o Brasil ser campeão mundial. Aquela seleção era guerreira, formada por verdadeiros homens. Essa Copa me marcou profundamente”, comenta.
Hoje está muito mais fácil do que anos passados. Sempre vou trocar figurinhas no shopping e o legal de tudo isso é ver crianças de 8 anos, jovens de 15 anos, adultos de 40 e até de 80 anos colecionando.
A partir de 2014, Charles ganhou a ajuda dos seus filhos, Bruno, de 15 anos, e Amanda, de 14 anos, os quais auxiliaram o pai a completar os álbuns e dar sequência à coleção. “A primeira Copa que eles começaram a se envolver foi a de 2014, então de 2014, 2018 e essa de 2022 eles participaram. O legal de tudo isso é que você tem a garantia que eles vão dar continuidade à coleção”, explica o colecionador.
Entre os itens de memórias da Copa do Mundo que Charles tem estão inclusas tabelas de jogos e o ingresso da partida entre França e Honduras, na Copa do Mundo no Brasil, em 2014, na qual esteve presente. Foi muito legal pela atmosfera. N caminho do gol caminhávamos ao lado de pessoas da Austrália, com cangurus nas costas, hondurenhos com bandeiras e rostos pintados, francesas com figurino a caráter. Foi uma alegria imensa”, comenta Charles, que tirou fotos com torcedores de ambos os países na ocasião.
O álbum da Copa do Mundo de 2022 já está completado. No entanto, o que mais o satisfaz não é apenas o livro totalmente completo, e sim o percurso e o orgulho de contar com a ajuda dos filhos, que darão sequência à paixão do pai. “O legal de tudo isso é ver crianças de oito anos, jovens de 15 anos e adultos de 40 e até 80 anos de idade colecionando e trocando figurinhas conosco. E a paixão por Copas do Mundo é inexplicável e não tem idade. Vou continuar colecionando até o último dia da minha vida e meus filhos darão sequência”, ressalta Charles.