A Polícia Civil deu mais um passo para elucidar a morte do jovem Gabriel Marques Cavalheiro, ocorrida na cidade de São Gabriel, na Fronteira Oeste do Estado. Na manhã desta segunda-feira, 29 de agosto, as conclusões do laudo da necropsia foram apresentadas pela cúpula da Segurança Publica do Estado. Participam da coletiva o secretário da Segurança, Vanius Cesar Santarosa, o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Claudio dos Santos Feoli, a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Heloísa Helena Kuser, e o chefe da Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes.
De acordo com o laudo, a morte de Gabriel Marques Cavalheiro ocorreu devido a uma panca com objeto contundente que provocou hemorragia interna no corpo do jovem, causada por ruptura de vasos na região cervical. O corpo dele apresentava várias marcas na região do pescoço. Quando foi deixado em um açude em uma localidade no interior da cidade, já não estava respirando. "Conforme o laudo de necropsia, a morte de Gabriel ocorreu por perda sanguínea causada por ruptura de vasos na região cervical com sinais de ação por instrumento contundente, ou seja, uma hemorragia interna", explicou Heloísa Helena Kuser, diretora-geral do IGP.
Em depoimentos dados no sábado (27) à Polícia Civil e no domingo (28) à Corregedoria da BM, os três policiais investigados mantiveram uma mesma versão: sustentaram que não espancaram ou assassinaram o rapaz. Os policiais — os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima e o segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen — estão presos desde 19 de agosto por determinação da Justiça Militar. O decreto ocorreu em função de irregularidades na condução da ocorrência.
Relembre o que aconteceu
Natural de Guaíba, Gabriel — que tinha se mudado havia apenas 15 dias — foi abordado no final da noite de 12 de agosto, no bairro Independência, em São Gabriel. Após ser levado na viatura pelos três PMs, não foi mais visto. Uma semana depois, o corpo dele foi encontrado a dois quilômetros de onde ocorreu a abordagem, dentro de um açude.
Na ocorrência, os policiais haviam registrado que revistaram Gabriel e o liberaram. Com o sumiço, foram ouvidos em inquérito policial militar e admitiram ter levado o jovem para a localidade de Lava Pé. Alegando inocência, as defesas disseram que foi ele quem pediu para ser deixado naquele local, pois estaria procurando a casa de familiares.
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