Geral Mudança de cenário
Ministério Público chama prefeitos para discutir gestão da paisagem do Vale dos Vinhedos
Promotora Carmem Garcia esteve reunida com os prefeitos de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, além de integrantes do Instituto do Patrimônio Histórico Estadual.
25/08/2022 12h26 Atualizada há 2 anos
Por: Marcelo Dargelio

Diante do intenso embate sobre o que se pode ou não construir na região do Vale dos Vinhedos, o Ministério Público Estadual entrou na discussão com o objetivo de evitar que discrepâncias aconteçam no local. A ideia é criar um plano de gestão que garanta a preservação da paisagem e dos vinhedos, sem que também se possibilite a chegada de empreendimentos ao local.

Nesta terça-feira, 23 de agosto, a promotora Carmem Garcia realizou reunião com os prefeitos Diogo Siqueira, de Bento Gonçalves, Adenir José Dallé, de Monte Belo do Sul, e Sergio Chesini, de Garibaldi para iniciar a discussão sobre o assunto. Também participaram do encontro os integrantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). Durante a reunião ficou acordado que será criado um grupo de trabalho para elaboração de um plano de gestão da paisagem do Vale dos Vinhedos.

A ideia inicial, segundo a promotora, é fazer um diagnóstico da região e traçar diretrizes comuns para serem aplicadas pelos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. O projeto é considerado prioritário e uma segunda reunião já foi marcada para o dia 13 de setembro. Este encontro deve ter a participação dos técnicos das prefeituras, do Ministério Público e do Iphae, a fim de buscar um equilíbrio nas decisões que liberarem a construção de empreendimentos nas três cidades que possuem áreas no Vale dos Vinhedos. Desta forma, se evitaria que uma empresa que tenha o projeto rejeitado numa cidade, possa se dirigir até a outra para realizar sua obra.

Em 2012, o governador Tarso Genro sancionou a lei que declara o Vale dos Vinhedos como Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul. A titulação garante um mecanismo-extra de proteção à região, mas não evita a construção de empreendimentos no local. 

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