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Relembre os títulos de Divisão de Acesso conquistados pelo Esportivo

Em 2022, o alviazul se sagrou tetracampeão da competição, conquistando a Série A2 dez anos depois do último título do acesso.

29/07/2022 às 00h11 Atualizada em 29/07/2022 às 15h34
Por: Kevin Sganzerla Fonte: NB Notícias
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Foto: Kévin Sganzerla
Foto: Kévin Sganzerla

Em 2022, o Esportivo repetiu o feito de 1969, quando o alviazul conquistou o título da Divisão de Acesso também derrotando na final o Avenida. Se neste ano não teve taça, por determinação do STJD, em 1969 sequer houve o jogo de volta. Apesar dos fatos curiosos que envolveram ambas as finais, o alviazul se sagrou tetracampeão do segundo escalão do futebol gaúcho, se tornando o segundo maior campeão da competição, com títulos em 1969, 1999, 2012 e 2022. 

1969 – O primeiro acesso do Esportivo 

No ano do cinquentenário, o Esportivo se sagrou pela primeira vez campeão da Divisão de Acesso, alcançando, de forma inédita, a elite do futebol gaúcho. Sob o comando do técnico Abílio dos Reis, ex-Grêmio e Internacional, o alviazul chegou a empilhar 11 vitórias consecutivas na fase classificatória. 

Na semifinal da Zona 1 (campeonato era dividido por duas “zonas” regionalizadas com dois grupos em cada uma delas), o Esportivo deixou para trás o 14 de Julho, de Santana do Livramento. Na decisão pelo acesso e pelo título, o alviazul encarou o Avenida que, nos dois primeiros confrontos da fase classificatória, não havia perdido para o time de Bento Gonçalves. 

No primeiro confronto, no Estádio dos Eucaliptos, o Esportivo saiu vitorioso pelo placar de 1 a 0, com gol de Gonha. O alviazul foi escalado pelo técnico Abílio dos Reis com Joãozinho, Rômulo, Hélio, Ademir e Marcos; Neca e Luiz Roberto; Gonha, Décio, Marino (João Alberto) e Rui Liberati. 

A partida de volta, programada para ocorrer no Estádio da Montanha, em Bento, não aconteceu. O Avenida não compareceu à partida informando que os seus jogadores estavam no período de férias e cansados, pois, em nove dias, haviam entrado em campo três vez. Portanto, por W.O., o Esportivo, com o estádio lotado, comemorou o campeonato e a vaga à divisão principal. 

O Avenida tentou reverter o resultado no Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro. No entanto, por sete votos a zero, o Esportivo foi decretado como vencedor da partida e, consequentemente, campeão da Zona 1 da Divisão de Acesso de 1969.  

1999 – Rebaixamento e título no mesmo ano

Em 1999, o Esportivo disputou a primeira e a segunda divisão do futebol gaúcho na mesma temporada. Após um mau desempenho, a equipe alviazul foi rebaixada à Divisão de Acesso. 

No segundo escalão do futebol gaúcho, o Esportivo, comandado pelo técnico Jorge Anadon, protagonizou uma virada no futebol naquele ano e se recuperou dentro das quatro linhas. Na primeira fase, o alviazul terminou na primeira colocação com 29 pontos conquistados, cinco a mais que o vice-líder Brasil de Farroupilha. Na sequência, terminou a segunda fase como líder do grupo 4, que contava com São José, de Cachoeira do Sul, Brasil de Pelotas e Brasil-FA, avançando para o quadrangular final. 

No quadrangular final, ao lado de Glória, Rio Grande e 15 de Novembro, o Esportivo venceu cinco dos seis confrontos e se sagrou campeão da Divisão de Acesso de 1999, nomeado na época de “Gauchito”. 

O título foi comemorado diante de uma goleada sobre o Glória pelo elástico placar de 6 a 0, na última rodada, no Estádio Santa Rosa, em Novo Hamburgo, por conta da punição imposta ao Esportivo com a perda de mando de campo. Na ocasião, o alviazul anotou os gols com Zé Clei (2), Vandick (2), Everton Severo e Itamar. 

O Esportivo foi escalado por Jorge Anadon com Rogério, Ivolmar, Serjão (Pino), Paulo Roberto e Damião; Wanderley, Anderson Cebola (Itamar), Rivelino e Joel Sêne; Vandick (Everton Severo) e Zé Clei. 

1ª fila em pé: Jorge Anadon (técnico), Ivolmar, Marcelo, Rogério, Bosco, Wanderlei, Clairton, Paulo Roberto e Cris; 2ª fila em pé: Camilo Makwa (vice-presidente), Edson Klauck (gerente), Cláudio Rogério, Pedro Pelizza (roupeiro), Itamar, Daia, Serjão, Vandick, Everton, Rivelino, André Baratz (preparador físico), Édson Girardi (preparador de goleiros), Sérgio Salvadori (diretor), Moysés Michelon (presidente do Conselho Deliberativo), Pedro Morbini (patrono), Ana Inês Facchin (diretora) e Henrique Caprara (presidente); Sentados: Fiapo, Éder Larentis, Pino, João Batista, Damião, Anderson, Baggio, Joel Sene, Eduardo e Fernando (guru). 

2012 – Tricampeonato incontestável

Do início ao fim, o Esportivo liderou todas as fases da Divisão de Acesso de 2012, nomeada como Série A2. Em uma campanha incontestável de um total de 36 jogos na temporada, o alviazul retornou à elite com um futebol de encher os olhos. 

A equipe comandada pelo técnico Luiz Carlos Winck começou o campeonato com o sinal vermelho ligado. Em nove partidas, o alviazul ocupada apenas a 6ª colocação com 14 pontos somados. No segundo turno, no entanto, o desempenho melhorou e o Esportivo finalizou a primeira fase na liderança, com 34 pontos. 

No hexagonal, embalado pelos bons resultados da reta final da primeira fase, o Esportivo não perdeu nenhum jogo e finalizou novamente na ponta da tabela, com 22 pontos, seis a mais que o vice-líder Guarany de Camaquã. 

No quadrangular final, uma vitória fora de casa por 2 a 0 diante do Guarany de Camaquã, com gols de Rafael Bittencourt e Zeferino, decretou o acesso do Esportivo à elite do futebol. O alviazul encerrou a fase na liderança, com 10 pontos. 

Na final, diante do Passo Fundo, em uma densa neblina no Estádio Vermelhão da Serra, o Esportivo derrotou os donos da casa pelo placar de 2 a 1, com gols de Raone e Dirley. Na partida de volta, no Estádio Montanha dos Vinhedos, o alviazul assegurou o empate em 1 a 1 para se sagrar tricampeão da Divisão de Acesso. Zeferino foi o autor do gol do time de Bento Gonçalves, que esteve escalado para a final com Fabiano Borges, Anderson Feijão (Paulo Josué), Ediglê, Juliano Ortolan, Dirley e Raone; Fábio Oliveira, Mateus Santana e Rafael Bittencourt; Rodrigo Zeferino (Lucas Winck) e Cassiano. 

2022 – A cereja no bolo que não veio no Centenário

Em 2019, o Esportivo conquistou o acesso, sob o comando do técnico Carlos Moraes, no ano do seu centenário. No entanto, na final, o alviazul bateu na trave e foi superado pelo Ypiranga de Erechim, ficando com o vice-campeonato da competição. 

Dois anos depois, o treinador Carlos Moraes retornou ao alviazul para novamente colocar o Esportivo na primeira divisão estadual, desta vez conquistando também a cereja no bolo: o tetracampeonato da Divisão de Acesso. 

Na primeira fase, o Esportivo finalizou na 4ª colocação do grupo A com 21 pontos, sendo detentor da pior campanha da primeira fase. No entanto, na reta final do campeonato, a equipe cresceu dentro das quatro linhas. Nas quartas de final, o alviazul eliminou o Santa Cruz para decidir a vaga à elite na semifinal. 

Diante do Lajeadense, na semifinal da Divisão de Acesso, o Esportivo venceu em casa por 1 a 0, com gol de David Batista, e empatou em 1 a 1 na Arena Alviazul, em Lajeado, fazendo a festa longe de seus domínios. 

Na final, o Esportivo voltou a enfrentar em uma decisão o Avenida. No jogo de ida, no Estádio Eucaliptos, as equipes ficaram no empate em 1 a 1, com gol do alviazul anotado pelo centroavante João Pedro. Na partida de volta, ao contrário de 1969, houve o confronto, porém sem a taça, por conta de uma determinação do STJD, que vai julgar o Avenida por uma irregularidade na primeira fase da competição. 

Com superioridade, o Esportivo derrotou o time de Santa Cruz do Sul pelo placar de 1 a 0, com mais um gol do centroavante João Pedro, faturando o título da Divisão de Acesso de 2022. O time de Bento Gonçalves foi escalado pelo técnico Carlos Moraes com Copetti, Márcio Lima (Wagner Freitas), Chicão, Tairone e Magal; André Oliveira, Fabrício Lusa, Hippólito (Wallacer) e Cris Magno (Iury); Caio Vieira (Talles Cunha) e João Pedro (Pepeto). O Esportivo finalizou a competição com apenas uma derrota e 18 jogos de invencibilidade. 

Em pé: Pommer, Léo Rodrigues, Tairone, Iury, Chicão, João Pedro, Guilherme, Wagner Freitas, Cleiton, André Oliveira e Copetti; Agachados: Nathan, Miqueas, Fabrício Lusa, Lorran, Talles Cunha, Wallacer, Magal, Caio Vieira, Hippólito, Pepeto, Cris Magno, Márcio Nunes e Luis (Massagista)

Informações e fotos obtidas pelo livro "Um Século Alviazul"

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