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Humorista Nego Di é acusado de golpe por consumidores em vendas na internet

Artista foi garoto propaganda da loja virtual Tá di Zueira, que anunciava venda de eletrônicos com preços abaixo do mercado e não fez a entrega das mercadorias aos compradores.

16/07/2022 às 16h30
Por: Marcelo Dargelio
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Consumidores da REgião Metropolitana protestaram em frente a um bar em Porto Alegre que seria do humorista - Fotos: Divulgação
Consumidores da REgião Metropolitana protestaram em frente a um bar em Porto Alegre que seria do humorista - Fotos: Divulgação

O humorista gaúcho Dilson Alves da Silva Neto, conhecido artisticmente como Nego Di, está sendo acusado de estelionato por vários consumidores em Porto Alegre. Cerca de 20 pessoas estiveram em frente a um bar no bairro Sarandi, em Porto Alegre, para protestar contra o humorista. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

O motivo das reclamações foi para cobrar o artista pelo não recebimento dos produtos comprados na loja virtual Tá Di Zuera, da qual os manifestantes acreditam que ele seria um dos proprietários. No local, os consumidores ficaram por cerca de uma hora, gritando palavras como "canalha" e "golpista", enquanto pediam o dinheiro de volta. A Brigada Militar chegou a ser acionada, mas como a manifestação foi pacífica, não houve confronto e ninguém foi preso. Uma das participantes do protesto era a estudante Victoria Meneses, que comprou para a sua mãe, Sheila Meneses, uma televisão smart de 70 polegadas pelo valor de R$ 2.490, em abril, mas até agora não recebeu o produto. Ela garante que decidiu comprar o aparelho junto à loja da qual Nego Di se dizia proprietário por acreditar que ele, por ser uma pessoa pública, não iria aplicar um golpe em seus seguidores. 

Porém, a jovem enfatiza que se deu conta que não receberia os produtos quando descobriu, no site Reclame Aqui, dezenas de denúncias contra a loja virtual (hoje, já são mais de 250) e, em seguida, grupos de WhatsApp nos quais diversas pessoas que se diziam lesadas pelo humorista. No total, os espaços virtuais do aplicativo de mensagens, somados, contam com mais de 500 pessoas, que afirmam que a Tá Di Zuera deixou de responder as mensagens e passou a bloquear os contatos dos clientes. 

Nos grupos, é possível encontrar pessoas de diversos Estados. Em um dos relatos no aplicativo de mensagens, um homem da cidade de Pelotas chegou a dizer que pensava em se suicidar, por ter tido um prejuízo de R$ 26 mil, quantia que conseguiu por meio de um empréstimo, para comprar 35 aparelhos de ar-condicionado pela loja virtual. 

Para as vítimas do suposto golpe, um vídeo em que o influenciador digital é filmado dirigindo uma BMW conversível, publicado no mês passado, no qual os seus amigos ao fundo ficam zombando dos compradores dos eletrodomésticos foi "a gota d'água". 

O que diz os advogados de Nego Di

O escritório Fortini & Volcato Advogados, que representa Nego Di, emitiu a seguinte nota: 

"Dilson Alves da Silva Neto, conhecido profissionalmente pelo nome artístico Nego Di, foi contratado para realização de publicidade da loja virtual chamada Tá di Zuera. Ocorre que existem atrasos nas entregas da loja e falta de retorno adequado aos consumidores. Diante disto, passou a receber ataques nas redes como se proprietário fosse ou tivesse a administração e gerenciamento da referida loja. 

Diante destes fatos, sua assessoria jurídica está averiguando a situação, já estando em contato com a autoridade policial para ter acesso ao inquérito, bem como para colaborar com a investigação e acelerar a elucidação dos fatos. 

Por fim, estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos aos consumidores."

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