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Como os cachorros encaram a morte

Nossos amigos sentem nossa falta.

15/12/2018 às 21h02
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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O maior medo do homem é também a única certeza que temos: de que um dia vamos todos morrer. Mas será que os cães também têm esta percepção da vida? O especialista em comportamento animal diz que a morte é encarada pelos cachorros de uma maneira muito mais natural que nós, complexos seres humanos.os cachorros conseguem sentir que estão fracos e já é hora de arrumar um lugar confortável para descansar. É um comportamento natural presente em várias outras espécies que vivem em bando, como elefantes, por exemplo. A explicação para isso é que um indivíduo debilitado pode colocar todo o grupo em risco.Relatos dizem que cães quando estão perto de morrer se isolam ou ao contrário, ficam mais “grudentos” do que o normal. Quanto à morte de seu dono ou de um companheiro canino, é comum observar cães ficarem próximos ao corpo ou até mesmo tentar protegê-lo não deixando ninguém se aproximar.

Estudo diz que saudade não acontece. O que acontece é que eles percebem alguma coisa diferente na rotina e sentem falta desta coisa, mas não sabem o que está faltando. Então é comum os cães ficarem alguns dias sem saber como se comportar, ficando cabisbaixos e, aparentemente, tristes. No entanto, se pudéssemos perguntar o que está faltando, eles não saberiam responder. O que pode acontecer é que, com a reação dos familiares, abalados ou muito tristes, acabam influenciando os animais. Os cães podem ficar confusos com a reação das pessoas.

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Como podemos ajudar nossos cães a lidar com a morte de outros bichos e de humanos? 

- Podemos ajudar os cães aumentando a atividade física e mental.

- Redirecionando a energia e alterando a rotina para situações novas e empolgantes

- Passeios e brincadeiras de bolinha ou com outros cães

- Quem sabe um bom day care ajudaria o cão

Dessa maneira os cachorros rapidamente superarão o estresse de mudança de rotina repentina

Reconhecendo os sinais fatais


Perceba sintomas respiratórios. Próximo de sua morte, de alguns dias a algumas horas antes, você perceberá que a respiração do cachorro se tornará curta e com muitos intervalos. O ritmo normal da respiração em repouso é de 22 respirações por minuto, podendo cair para apenas 10 por minuto.

- Imediatamente antes de morrer, seu cachorro irá exalar profundamente. Você poderá sentir seu cachorro esvaziar como um balão à medida que o pulmão dele entra em colapso.

- O ritmo cardíaco do cachorro irá cair dos 100 a 130 batimentos normais por minuto para 60 a 80 batimentos por minuto, com uma pulsação muito fraca.

- Nas últimas horas, você observará que o seu cachorro vai respirar de forma curta e não vai mais se mexer. Na maioria das vezes, seu cachorro vai apenas se deitar no escuro ou se esconder em um canto da casa.

Reconheça os sinais digestivos. Se o seu cachorro estiver morrendo, ele vai demonstrar uma perda clara de apetite. Ele não terá interesse algum em comer ou beber água. À medida que a morte se aproxima, os órgãos dele, como o fígado e os rins, irão parar de funcionar lentamente, dando fim às suas funções digestivas.

- Uma boca seca e desidratada poderá ser observada.

- Vômito também poderá ser observado, e geralmente não conterá nenhuma comida, apenas espuma e às vezes um ácido meio amarelo ou verde, devido à bile. Isso também é um resultado da perda de apetite.

Perceba como os músculos dele funcionam. Torções ou espasmos involuntários dos músculos podem ocorrer à medida que o seu cachorro enfraquece devido à perda de glicose. Também haverá uma perda de reação à dor. Os reflexos do cão irão diminuir bastante.

- Quando seu cachorro tentar ficar em pé ou andar, você perceberá um cambaleio – possivelmente uma incapacidade de andar. O animal perderá a consciência ou entrará em uma espécie de coma antes da morte.

- Cachorros prestes a morrer e com uma doença crônica ou prolongada terão uma aparência muito emaciada. Ele perderá carne e os músculos ficarão atrofiados ou muito pequenos.

Observe como o animal anda defecando e urinando. O animal não terá controle sobre a bexiga ou o esfíncter. Perto da morte, seu cachorro irá urinar e defecar sem controle; mesmo animais disciplinados e treinados não conseguirão se controlar.

- A urinação será incontrolável e com pouco volume.

- Perto da morte, o cachorro terá diarreia líquida geralmente de odor forte e com cor de sangue.

- Depois de morrer, seu cachorro irá urinar e defecar pela última vez por causa da total perda de controle muscular.

Perceba a condição da pele dele. A pele ficará seca e não retornará ao local original quando for puxada – isso é devido à desidratação. As membranas mucosas, como gengivas e lábios, ficarão pálidas; quando pressionadas, elas não irão retornar à sua cor rosada original mesmo depois de um longo tempo (um segundo é o tempo normal para as gengivas retornarem à cor original).

Qual é a melhor forma de lidar com sentimento quando seu amigo te deixar

A melhor forma de lidar com o sentimento é aceitá-lo. A saudade, a dor e a tristeza fazem parte do processo do luto necessário para reorganizar a vida. Embora a lembrança nunca se vá, a tristeza a ela associada vai perdendo intensidade. Enquanto isso não ocorre, algumas atitudes que marquem um encerramento podem minimizar a dor e trazer algum apoio:

- uma cerimônia de sepultamento em cemitério para animais ou em propriedade privada;

- inteirar-se das necessidades de um abrigo de animais próximo de casa, reunir amigos e familiares para uma doação em memória do companheiro;

- falar sobre a morte com amigos ou familiares que sabidamente se importam;

- plantar uma flor ou árvore em memória do companheiro;

- organizar um livro memorial com fotos;

- escrever em obituário na internet;

- buscar grupos de apoio ao luto;

- para as crianças: escrever uma carta ao companheiro falecido;

- e quando estiver pronto: adotar um outro companheiro

Aproveite todo carinho amor que eles oferecem, é verdadeiro.“Ele nunca pediu nada em troca". Apenas um amor que não conhece o egoísmo, apenas um carinho ao chegar em casa, um olhar de cumplicidade, um buraco no sofá. Animais de estimação não conhecem o passado ou o futuro, mas entendem e internalizaram a linguagem universal que nós às vezes nos esquecemos: as emoções.

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