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Equinismo na criança, conhecido também como pé de bailarina

O andar de uma criança na ponta dos pés é motivo de muitas dúvidas dos pais. Saiba quando esta marcha é fisiológica e vai desaparecer ou quando você deve começar a se preocupar.

15/12/2018 às 21h02
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Durante o início da marcha não é infrequente a criança andar na ponta dos pés. Isso não é significado de uma alteração ortopédica. Muitas das vezes isso tem relação com a coordenação motora que ainda está em desenvolvimento. Os pais não precisam se desesperar nesses casos. À medida que ocorre o desenvolvimento, a marcha tende a se estabilizar.Apesar disso, algumas crianças apresentam um esteriótipo de andar na ponta dos pés que por vezes persiste por anos, apesar das reclamações frequentes dos pais. Geralmente também tendem a desaparecer nesses casos.

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Causas Ortopédicas do Equinismo na criança

Duas causas ortopédicas podem estar relacionadas de forma mais comumente à marcha na ponta dos pés. A primeira é a Hipóxia Peri Natal, que leva a um atraso do desenvolvimento e a uma marcha em equino. A segunda, a mais comum, é o Encurtamento Congênito do Tendão de Aquiles (ECTA). O ECTA nem sempre é detectado ao nascimento. Apesar de ser caracterizado como congênito, em muitas das vezes é evolutivo, e levamos alguns anos para confirmamos o diagnóstico. Muitas vezes, apesar de criança andar na ponta dos pés, seu exame inicial é normal e evolui com encurtamento com o passar dos anos.

Após o diagnóstico, o  tratamento consiste em três fases, que variam de acordo com a idade e o grau de encurtamento do tendão. Quanto menor a idade e mais frouxo é o tendão, maior a chance do tratamento conservador dar bons resultados. Esse tratamento consiste na fisioterapia e aplicação da Toxina Botulínica no músculo encurtado. Entretanto, quanto maior a criança e maior a rigidez articular, maior a probabilidade de necessitar do tratamento cirúrgico. Não há uma idade ideal, depende dos fatores relacionados acima. A cirurgia consiste no alongamento cirúrgico do tendão e uma imobilização de 4 a 6 semanas, seguida de tratamento fisioterápico.


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