O piolho é uma praga que afeta quase todas as espécies de aves e mamíferos. Esse parasita se fixa a pele para se alimentar do sangue ou de resíduos da epiderme, causando coceiras na região mordida. Mesmo com seu tamanho diminuto, a infestação de piolhos em aves domésticas causa bastante dor de cabeça nos donos.Graças à sua facilidade de reprodução e contágio, provoca diversas zoonoses e necessita de tratamento adequado. Normalmente se alojam na superfície do corpo dos animais. No caso dos pássaros, ficam na pele, penas e até mesmo nas narinas, o que causa muito incômodo. Os piolhos em aves são tão graves que podem causar o óbito em casos extremos.
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Espécies de piolhos que atingem os pássaros
Atualmente, já foram catalogadas mais de 40 espécies de piolhos que são contraídos por pássaros. Todos pertencem à família do malófago, ou seja, ectoparasitas de aves e mamíferos que não sugam sangue, pois possuem aparelho bucal triturador e nutrem-se com a substância córnea da epiderme, das penas e dos pelos.A maioria está espalhada por todo o planeta, podendo afetas tanto aves domésticas quanto as selvagens, de todos os tamanhos e idades. Além disso, bichos infectados geralmente abrigam mais de um tipo de piolho em seu corpo.Dentre essas 40 espécies conhecidas, 6 delas são as mais frequentes em pássaros domésticos. O primeiro é o "piolho das asas", popularmente conhecido por "piolho desplumante", pois se alimenta das penas. Possui um corpo cinza em diversos tons e se aloja principalmente nas asas, cabeça e cauda do animal. Pássaros que contraem esse tipo de piolho logo apresentarão falhas na plumagem e feridas em suas asas.
O "piolho corporal" é o que mais afeta aves domésticas de diferentes espécies. Ao contrário dos outros tipos, esse parasita é mais robusto e pode se alimentar do sangue, da pele e de pedaços das penas. Sua forma é bastante semelhante a uma pulga. Gosta de se alojam em áreas com pouca pena, como em torno da cloaca. No entanto, conforme a infestação avança, pode parasitar o restante do corpo. Essa espécie é muito prejudicial para a saúde do bichinho, ainda mais quando filhote.
Espécie pequena, mas que causa sérios danos à plumagem e saúde das aves, o "piolho da haste" geralmente se aloja no peito, tronco e ombros do pet. Normalmente se alimenta de detritos de pele e sangue das feridas resultante. Já o "piolho de pomba", parasita frequentemente pombas, porém podem afetar as espécies doméstica. Gosta de ficar na parte interior das asas, onde também deposita seus ovos. Sua dieta consiste em resíduos de pele e penas. Por último, o "piolho de cabeça". Como o próprio nome já diz, gosta de parasita a área da cabeça e pescoço dos pássaros. Essa espécie não se alimenta de sangue, mas sim de pequenos resíduos da pele e plumagem. Em caso de infestação, o tratamento deve ser rápido para evitar danos mais graves à saúde. Aves jovens e perus são os mais atingidos.
Forma de contágio
O pássaro saudável contrai piolho de duas maneiras: uma delas é no criadouro que cresceu, já sendo adquirida doente ou quando entra em contato com aves domésticas ou selvagens contaminadas, como pardais, rolinhas e pombas. Normalmente, esses pássaros livres gostam de buscar comida na gaiola dos que estão presos, ocorrendo o contágio.
Sintomas provocados pela presença de piolho
O primeiro, e mais visível, sintoma apresentado por uma ave contaminada é a coceira. Ela fica extremamente agitada, se coçando a todo o momento e até se automutilando para se livrar do incômodo. Dependendo do grau de infestação, outros sinais podem surgir, como perda da vitalidade, diminuição do apetite, irritabilidade, queda e perda do brilho das penas, fraqueza, letargia, depressão e pouca cantoria.
Tratamento
Se notar esses sintomas, leve seu companheiro ao veterinário especializado para garantir que o problema são os piolhos. Diagnosticado corretamente, o profissional indicará algum medicamento para o tratamento, podendo ser encontrado em pet shops. Siga os passos prescritos pelo médico e pela na bula. Há também a opção de tratamentos caseiros. É uma maneira efetiva e natural de cuidar do animal infectado. Experimente adicionar algumas gostas de vinagre branco no pote que o pássaro usa para tomar banho. Essa substância mata os piolhos, mas não os ovos, por isso o procedimento deve ser repetido várias vezes. Assim, conforme os parasitas vão nascendo, serão mortos pelo banho de vinagre. Outra opção é misturar 100 g de fumo de corda com 1 L de álcool de cozinha. Reserve a solução por três dias. Em seguida, retire o fumo de corda e, para cada 250 ml do líquido, acrescente 750 ml de água. Por fim, borrife na gaiola, poleiros e parede que tenham piolhos. Se o bichinho não for arredio, aplique também nas suas penas. Em cerca de 5 dias os parasitas devem morrer.
Antes de iniciar qualquer tratamentos caseiros, consulte o veterinário para saber se é a melhor opção. Dependendo da espécie de piolho, a forma efetiva de erradicação são os medicamentos vendidos em lojas.
Prevenção
A principal forma de prevenção aos piolhos é cuidar adequadamente da higiene do lar e do animal. Higienize regularmente a gaiola e os arredores, vacine adequadamente sua ave e realize desparasitação periódica. Bichinhos que costumam tomar banho com mais frequência raramente contraem esse parasita, pois dificulta a procriação. Além disso, tente manter a gaiola num local que pássaros selvagens não tenham acesso, pois são o principal foco de contaminação. Em casos de infestação, isole o pássaro dos seus companheiros para não serem contaminados. Se ele estiver sozinho, a gaiola deverá ser trocada. Trate o animal e compre outra casinha ou desinfete-a bem. Todos os cuidados são importantes para prevenir piolhos em aves de estimação.
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