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Medicamentos à base de cannabis vão ganhar as prateleiras das farmácias

A venda a pronta-entrega começa em agosto e tende a acabar com a longa espera pelo medicamento, hoje importado diretamente pelo paciente.

28/06/2022 às 13h59 Atualizada em 28/06/2022 às 14h51
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Estadão/Conteúdo
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Empresa tem a aprovação da Anvisa para vender em farmácias três medicamentos, e pleiteia autorização para mais três até dezembro e outros quatro para 2023.
Empresa tem a aprovação da Anvisa para vender em farmácias três medicamentos, e pleiteia autorização para mais três até dezembro e outros quatro para 2023.

Muitos pacientes que hoje necessitam de medicamentos à base de cannabis medicinal receberam uma boa notícia nesta semana. A partir do mês de agosto, muitos medicamentos originários da planta começarão a ser vendidos nas farmácias brasileiras. Isso porque a brasileira GreenCare, controlada por um dos maiores fundos globais especializados em negócios de cannabis, o Greenfield Global Opportunities, vai começar a vender medicamentos de cannabis medicinal diretamente no varejo farmacêutico.

A GreenCare tem a aprovação da Anvisa para vender em farmácias três medicamentos, e pleiteia autorização para mais três até dezembro e outros quatro para 2023. Os três produtos já liberados para venda em farmácias contêm canabidiol e concentrações diferentes de THC, o princípio que tem efeito psicoativo. Evidências científicas indicam que derivados de cannabis têm aplicações em casos de doenças neurológicas, autoimunes, psiquiátricas e dores crônicas, mas a prescrição depende sempre da avaliação do médico.

Hoje, a companhia e a maior parte do mercado trazem do exterior esse tipo de medicamento para as pessoas físicas no Brasil. A farmacêutica tem 17 medicamentos à base de cannabis produzidos por fornecedores na Colômbia, Estados Unidos e Israel. Eles são armazenados em centros de distribuição fora do Brasil, e chegam ao País por meio da importação feita por pessoas físicas – que precisam apresentar autorização da Anvisa. É um mercado estimado em 75 mil pacientes no País, e a companhia já atende a cerca de 20 mil. Com a venda no varejo, espera dobrar essa fatia até o fim de 2023.

A venda a pronta-entrega tende a acabar com a longa espera pelo medicamento, hoje importado diretamente pelo paciente.  “Exportar o medicamento diretamente para cada paciente é um processo moroso, que tem de ter a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e demora 25 dias, desde que o item é colocado no avião até a entrega no Brasil”, afirma Martim Prado Mattos, presidente da farmacêutica e controlador do fundo.

 

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