Política Deu ruim
Após polêmica, Eduardo Leite desiste de receber pensão destinada a ex-governadores do RS
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Leite atribuiu a ofensiva a "adversários desesperados" e declarou que, mesmo o recebimento do subsídio sendo "legal, ético e transparente", optou por deixar de ser beneficiário
20/06/2022 16h55 Atualizada há 2 anos
Por: Renata Oliveira Fonte: Veja SP

Depois de ser revelado que o ex-governador, Eduardo Leite (PSDB), estava recebendo uma pensão destinada a políticos que trabalharam no cargo, o mesmo anunciou nesta segunda-feira, 20, que vai abrir mão do benefício.

O subsidio foi questionado na Justiça por deputados estaduais do Partido Novo no Rio Grande do Sul, que alegaram que a lei aprovada em 2021 no estado - portanto, antes da renúncia do tucano -, revogou o direito aos pagamentos, feitos de forma vitalícia a ex-governadores.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Leite atribuiu a ofensiva a "adversários desesperados" e declarou que, mesmo o recebimento do subsídio sendo "legal, ético e transparente", optou por deixar de ser beneficiário para que não se perca o "foco do debate". Após meses de ensaio para se lançar à Presidência pelo PSDB, o ex-governador decidiu que vai disputar novamente o Executivo gaúcho.

A ação popular apresentada pelo Novo tem como advogado o pré-candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul, Ricardo Jobim.

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Na gravação, o tucano se defende dizendo que a lei de 2021 que extinguiu a pensão vitalícia a ex-governadores - a partir da data de sanção, também determinou que os ex-mandatários teriam o direito de receber o subsídio por quatro anos após o fim do mandato, proporcionalmente ao tempo no cargo.

Como a norma foi aprovada no ano passado e o tucano ficou de janeiro de 2019 até março deste ano no comando do Palácio Piratini, o cálculo foi o de que teria direito a 65% do beneficio, conforme parecer da Procuradoria Geral do Estado.

O total de cerca de R$ 39.900 de pensão já recebidos é composto pelos vencimentos de dois meses, sendo um pagamento de R$ 19.600, de maio, e outra parcela retroativa ao mês de abril.

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