Menos de 24 horas após a apreensão de 314 quilos de maconha em Bento Gonçalves, seis dos oito presos na operação já estão nas ruas. A decisão foi tomada pela juíza Fernanda Ghiringelli de Azevedo, após a realização da audiência de custódia com os acusados na tarde desta terça-feira, 14 de junho. O promotor criminal, Manoel Figueiredo Antunes, convocou uma coletiva às 13h desta quarta-feira, no Ministério Público para falar sobre a decisão da juíza.
A reportagem do NB Notícias ainda não teve acesso ao conteúdo da decisão da juíza, porém, descobriu que todos foram ouvidos no fórum para contar como aconteceu a operação policial. A magistrada Fernanda de Azevedo teria avaliado a questão técnica e não criminal do fato, onde entendeu que houve erro no procedimento policial durante as prisões e a apreensão. Como não havia mandado judicial para realizar a ação, todo o trabalho realizado pelos policiais do 4º BPChoque caiu por terra. O flagrante foi homologado, porém, a juíza concedeu liberdade provisória para seis dos acusados.
De acordo com o advogado de defesa dos presos, Vinicius Boniatti, foi pedida a liberdade provisória dos acusados devido a justamente esse erro no procedimento da ação policial. Os policiais da Brigada Militar, ao descobrirem a existência da droga, deveriam ter comunicado o Serviço de Inteligência da Polícia Civil, a fim de que os trâmites legais, como o mandado de busca, prisão e apreensão nos imóveis em questão fossem realizados de forma técnica, revela o advogado.
Com base nessas alegações, a juíza determinou que seis dos oito presos fossem colocados em liberdade por causa do erro de procedimento policial. Dois apenados ficaram recolhidos à Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves por já terem vários antecedentes criminais. Entre eles está um homem de 32 anos, consideradoum dos líderes da facção criminosa Os Abertos.
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