O Fiat Uno, compacto que por muito tempo foi um dos carros mais vendidos do Brasil, acabou perdendo espaço no mercado após a chegada de modelos mais novos, alguns deles, inclusive, da própria marca italiana, como o subcompacto Mobi. Na outra ponta, veio o hatch compacto Argo, que veio para substituir o Palio e rivalizar, na nova era dos hatches nacionais, com o sucesso de vendas VW Polo. Resultado de tudo isso é uma queda abrupta nas vendas do Uno, que para sobreviver aparecerá renovado, na linha 2019, prevista para ser apresentada já no mês seis de 2018.
Quando ganhou direção elétrica, controle de estabilidade e a nova família de motores Firefly (1.0 e 1.3), o Fiat Uno encareceu. Hoje, a versão mais em conta parte de R$ 43.990. Para reanimar suas vendas, a fabricante italiana deverá devolver ao compacto não só a condição de carro mais em conta, mas também de atual.
Para isso, o Uno deverá perder as versões Way e Sporting, que usam um motor 1.3 e batem de frente com o Argo. O mais provável é que a linha 2019 tenha a atual versão Drive, com o motor 1.0, Firefly, de 77 cv, e uma opção mais em conta, que ressuscitará o antigo 1.0 Fire ,de 75 cv. Na prática, seria a volta do Uno Vivace com atualização de estilo na tentativa de atrair o interesse dos consumidores.
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Mobi manterá versão com motor Fire
O Mobi também terá novidades no mês seis, com a reformulação das suas versões. Desde o lançamento do subcompacto, sua única grande mudança foi a chegada da versão Drive, de três cilindros. Vem com direção elétrica e o 1.0 Firefly, de 77 cv e 10,9 kgfm. Quanto a este, trouxe um notável ganho de rendimento. Entretanto, ele deverá seguir em oferta somente na versão de topo.
E o FireFly turbinado?
Segundo o site alemão Motor Talk, o grupo FCA se prepara para começar a utilizar os motores 1.0 e 1.3, ambos com turbo. Enquanto o primeiro produz 120 cv e 19,3 kgfm, o 1.3 conta com 180 cv e 27,5 kgfm. Testes estão em andamento em Betim (MG) e, como é previsto, o Argo e o Cronos receberão o 1.3, com a potência limitada em até 160 cv, por causa da resistência do motor e do câmbio automático.
Diferentemente do 1.3 eTorq - de quatro cilindros e injeção multiponto - vendido no Cronos, além do motor turbo ser um três cilindros, também conta com controle de válvulas variável e coletor de escape integrado ao cabeçote, quatro válvulas por cilindro (versus apenas duas do atual) e sistema de injeção direta. Além disso, tanto o bloco quanto o cabeçote do novo motor são feitos de alumínio, e todo o conjunto pesa 91 kg na versão 1.0 de três cilindros e 110 kg no 1.3 de quatro cilindros.
Inicialmente o plano consistia em criar somente o 1.3 Firefly turbo, entretanto, a versão 1.0 turbo ganhou força após os engenheiros perceberem que as vantagens termodinâmicas são tão tão vantajosas que, de fato, compensa prosseguir com o seu desenvolvimento. É com isso que a fabricante pretende usar os motores por muito tempo, entre 2020 e para além de 2025, até em carros como o Jeep Compass. Em paralelo a isso, fica a dúvida: será que veremos um Fiat Uno ou um Mobi usando um motor 1.0 turbo? Ou seria muita ousadia?
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