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Peixe que pode entrar pelo nariz, ouvido e até ânus assusta frequentadores de rio

Candiru, também conhecido como peixe-vampiro, provocou problemas em várias pessoas, com a realização até procedimentos cirúrgicos em alguns casos.

19/05/2022 às 14h40
Por: Marcelo Dargelio
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Peixe-vampiro, como é conhecido, tem sido visto mais em mulheres até o momento - Fotos: Divulgação
Peixe-vampiro, como é conhecido, tem sido visto mais em mulheres até o momento - Fotos: Divulgação

O candiru, conhecido popularmente como peixe-vampiro, vem assustando moradores da Região Amazônica nos últimos meses. Ele pode entrar no corpo das pessoas pelo nariz, ouvido e até pelosórgãos genitais, provocando, em alguns casos, necessidade de procedimento cirúrgico. 

Com um sol intenso na Amazônia na maior parte do ano, muitos moradores usam os rios como alternativa para se refrescar do 'calorão'. No entanto, algumas dessas águas escondem um perigo para banhistas: o candiru, o 'peixe vampiro' que pode penetrar orifícios do corpo humano, como uretra, ânus e vagina.

O candiru é da família Trichomycteridae, que engloba mais de 280 espécies, com cerca de 40 gêneros. Segundo especialistas, ele é um parasita e se alimenta de outros peixes, e pode chegar a medir até 30 centímetros. Esse peixe é hematófago, ou seja, se alimenta do sangue de outros animais e alguns vivem em forma de parasita nas brânquias de outros peixes. Na região em que está presente, ele é muito temido.

O peixe candiru é exclusivo da região amazônica e, segundo o biólogo Adriano Martins, a anatomia dessa espécie permite que ele se camufle nos rios barrentos da Amazônia, como o rio Madeira. Martins ressalta que, ao encontrar sua presa, o candiru usa técnicas para se fixar e, em alguns casos, sua retirada só é possível através de cirurgia. "Ele pode ser atraído por odores e pode penetrar a uretra, ânus e vagina. Ao entrar no hospedeiro, ele fixa seu corpo através de espinhos que tem em volta da cabeça e também utiliza suas nadadeiras que dificultam sua saída, sendo assim, sua retirada acontece somente em procedimento cirúrgico", explica Adriano Martins.

Casos de entrada do peixe candiru em humanos acontecem pelo menos uma vez por mês

 

De acordo com o biólogo Flavio Teressini, os candirus "têm órgãos sensoriais que captam odores dentro da água" e, por isso, "conseguem localizar o cheiro de sangue e matéria em decomposição com grande facilidade". Por exemplo, se uma capivara morre dentro do rio, o candiru entra no animal e começa a digeri-la de dentro para fora. Eles se alimentam das vísceras e depois vão para a parte externa. "[Há] quase um [caso] por mês. É comum acontecer acidentes com seres humanos da penetração da larva do candiru em orifícios de homens e mulheres. Eles podem entrar tanto pelo nariz, ouvido, própria boca, ânus e região genital. A maioria desses acidentes acontece com mulheres, que às vezes vão fazer xixi ou entram nos rios no período menstrual. Daí, eles sentem o odor do sangue e acabam penetrando na região genital", explicou o biólogo.

 

 

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