O jovem atleta bento-gonçalvense Igor de Dea Mera, de 18 anos, uma das promessas do tiro esportivo brasileiro, está representando a Seleção Brasileira na 1ª edição da ISSF World Cup Júnior Rifle/Pistol/Shotgun – Copa do Mundo de Tiro Esportivo. A competição ocorre entre os dias 9 e 19 de maio, na cidade de Suhl, na Alemanha.
A competição reúne mais de 500 atletas de 48 países de diversas partes do mundo. Igor é o único gaúcho que está representando o Brasil competição, competindo na modalidade da Fossa Olímpica (tiro ao prato), ao lado dos brasileiros Haddy Daruich Gomes, Hanna Daruich e Hussein Daruich.
Nesta quarta (11) e quinta-feira (12), Igor participou da fase classificatória na prova individual de tiro ao prato. Com 111 acertos no total de 125, o atleta acabou ficando de fora da final. Apesar disso, Igor tem mais uma chance de alcançar o pódio na prova por equipes, que inicia nesta sexta-feira (13).
No ano passado, Igor competiu no Mundial Júnior pela primeira vez, em Lima, no Peru. Além disso, o bento-gonçalvense já participou de um evento de tiro esportivo nos Estados Unidos. Em solo europeu, é a primeira vez que o jovem atleta compete representando a Seleção Brasileira. Além de Igor, também disputam a competição Brenda Pereira, na Carabina de Ar 10m Feminino e Caio de Almeida, na Pistola de Ar 10m, além dos quatro atletas de Fossa Olímpica.
“Contamos com uma equipe jovem, entre 14 e 20 anos, formada por atletas promissores e que representam o futuro do Tiro Esportivo brasileiro. Estamos bastante confiantes no potencial de cada um para que consigam bons resultados”, explica James Walter, chefe de equipe e diretor técnico de carabina e pistola da Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE).
O que é a fossa olímpica (tiro ao prato):
O esporte consiste em disparar, por meio de uma espingarda, sobre um número específico de pratos em forma de discos de 11 cm de diâmetro, feitos com base em betume e calcário. A pedana de fossa olímpica se divide em cinco posições. Em cada uma delas se encontram três máquinas lançadoras de pratos a 15m de distância enterradas em uma fossa.
As máquinas lançam os pratos variando em ângulo, de 45º para esquerda até 45º para direita, e em altura, consequentemente também variando em velocidade, apesar de o prato ser lançado inicialmente a 100 km/h. O atirador pode dar dois disparos por prato, sendo indiferente se quebrar no primeiro ou no segundo disparo. Normalmente, o primeiro disparo ocorre em 7 décimos de segundo e, o segundo, entre 9 e 10 décimos, o que exige um alto nível de reflexo.
Em Olimpíadas ou em campeonatos nacionais, em cada prova são lançados 125 pratos, em séries de 25 pratos. A pontuação final é a soma do número de pratos quebrados da final com os pontos da fase classificatória. O prato é classificado como bom quando se quebra um pedaço visível para o juiz. Caso o prato não se quebre é considerado prato perdido ou “zero”.
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