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Criminosos criam falsa delegacia de polícia para aplicar golpes e extorsões

Pelos materiais e anotações encontrados no local, estima-se que a quadrilha recebia milhares de reais por mês. As vítimas são moradoras de diversos estados.

28/04/2022 às 12h03 Atualizada em 28/04/2022 às 12h17
Por: Renata Oliveira Fonte: Polícia Civil
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No prédio, havia uma sala de delegacia, com mesa e cadeiras, computadores, impressoras, algemas, rádios comunicadores, armamentos falsos (arma longa e pistola), camisetas e canecas da Polícia Civil, dentre outros itens. Crédito: Polícia Civil
No prédio, havia uma sala de delegacia, com mesa e cadeiras, computadores, impressoras, algemas, rádios comunicadores, armamentos falsos (arma longa e pistola), camisetas e canecas da Polícia Civil, dentre outros itens. Crédito: Polícia Civil

Uma ação da Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, resultou em uma descoberta um tanto inusitada nesta quarta-feira, 27. Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em um prédio no Bairro Canudos, em Novo Hamburgo, foi descoberto uma falsa delegacia de Polícia Civil. No local, eram utilizados banners de diversos estados, como Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, além de um banner da Polícia Federal, e bandeiras do Rio Grande do Sul, do Brasil e de Santa Catarina. O objetivo de aplicar estelionatos e extorsões.

No prédio, havia uma sala de delegacia, com mesa e cadeiras, computadores, impressoras, algemas, rádios comunicadores, armamentos falsos (arma longa e pistola), camisetas e canecas da Polícia Civil, dentre outros itens. Ao longo das buscas, foram encontrados diversos documentos forjados pela organização criminosa, com inúmeras fotos e dados de vítimas para aplicar o golpe dos nudes, inclusive um caderno com anotações dos valores recebidos. Por estas anotações, estima-se que a quadrilha recebia milhares de reais por mês. As vítimas são moradoras de diversos estados. “O golpe era milionário”, disse o delegado Tarcísio Lobato Kaltbach.

Também foram encontrados no local aproximadamente 2,5 mil comprimidos de ecstasy. A ação resultou em três presos e outra pessoa já está identificada, a qual se encontra com mandado de prisão expedido pela Justiça de Santa Catarina. Este indivíduo está utilizando um documento falso, como se tivesse sido emitido pelo Estado do Rio Grande do Sul. Dos três presos na ação, dois são de Santa Catarina e um é do Rio Grande do Sul. O quarto indivíduo, que está foragido, também é catarinense. 

Os autuados responderão pelos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes e associação ao tráfico de drogas, formação de quadrilha, estelionato, extorsão e uso de distintivo/símbolos de função pública que não exerce.

Foto: Polícia Civil

 

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