Um idoso de 71 anos foi vítima de furto de mais de R$ 10 milhões de sua conta bancária. O dinheiro tinha sido ganho em uma aposta na Mega-Sena. O principal suspeito é um sócio dele na compra de uma funerária. O acusado foi preso pela polícia por um outro crime.
O caso aconteceu na cidade de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Fredolino José Pereira, de 71 anos, afirma que foi enganado por um ex-sócio com quem teria adquirido uma funerária e perdido todo o dinheiro. O homem suspeito de ter cometido o crime foi preso no começo do mês por porte ilegal de arma. Ele e outras três pessoas são investigadas pela polícia — os suspeitos não tiveram os nomes divulgados.
Segundo o idoso, o dinheiro que usou para fazer a aposta, em 2018, foi obtido com a venda de latinhas de cerveja que juntou na rua. Ele afirma que ganhou R$ 13, e usou R$ 7 para fazer duas apostas na Mega Sena. Um dia depois, teria ganho o prêmio de R$ 10.251.126,97. Algum tempo depois, Pereira afirma que investiu parte do dinheiro na compra de uma funerária em Viamão, com um sócio. Esse homem teria pedido o cartão bancário do idoso e feito saques, que seriam para custos da empresa. A vítima conta que viu o dinheiro todo sumir.
De acordo com o delegado Juliano Ferreira, a polícia encontrou indícios de falsificação em contratos da empresa, em que o idoso teria sido excluído da sociedade. Segundo a investigação, o sócio do idoso teria adquirido um sítio e uma frota de 10 veículos, o que também é investigado. "A partir da aquisição dessa funerária começaram os golpes e os furtos praticados contra a vítima. Imediatamente, logo depois da compra, com a justificativa de pagar funcionários, o suspeito pediu o cartão bancário da vítima e não devolveu mais, começou a fazer sucessivos saques. No último levantamento bancário nosso, ela tem só R$ 0,02. Tudo o que ele ganhou na Mega Sena foi retirado", afirma o delegado.
No último dia 7, a Operação Loteria, que investiga o caso, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em duas residências e três empresas. Na oportunidade, um homem de 38 anos foi preso, em Viamão, por porte ilegal de arma. Outras três pessoas também são investigadas. O inquérito segue em andamento e investiga crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, furto e apropriação indébita, entre outros.
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