O novo marco do Clube Esportivo, com a sua nova identidade visual, já começou, mas dentro das quatro linhas vai aparecer pela primeira vez neste domingo (10), na estreia do alviazul na Divisão de Acesso. A equipe de Bento Gonçalves estreia o uniforme com o seu novo escudo no clássico serrano diante do Brasil de Farroupilha, às 15h30, no Estádio das Castanheiras.
Na semana passada, a direção do Esportivo apresentou a nova identidade visual do clube, com a divulgação do uniforme para a temporada 2022 e com o lançamento de produtos, como espumantes, vinhos e cervejas, com o novo escudo do clube estampado, os quais já se encontram à venda. “Queremos colocar o Clube Esportivo na rota do turismo de Bento Gonçalves”, explica o presidente Leocir Glowacki.
Conforme a direção, a transformação proposta ao Esportivo visa alcançar novas receitas para futuro investimento no clube. “É uma forma de colocarmos o Tivo cada vez mais presente no dia a dia das pessoas e, sobretudo, de conquistarmos os tão desejados e necessários recursos financeiros que precisamos para dar continuidade aos trabalhos do Esportivo”, comenta o diretor de marketing, Rafael Forace.
Novo escudo dividiu opiniões dos torcedores
A nova identidade visual do Esportivo gerou diversas discussões entre os torcedores. Muitos deles aprovaram o novo escudo, que simboliza o formato do bojo de uma taça de vinho. Outros, no entanto, afirmaram que o clube deveria ter incluído a torcida na decisão da radical transformação promovida.
O torcedor alviazul Wagner Copat afirmou que o clube necessitava de uma modernização, a qual ficou condizente à “terra” na qual se deu origem o Clube Esportivo. “O novo visual veio em um momento oportuno. Precisávamos de uma modernização. Esse símbolo só tem a trazer muitos benefícios, como a criação de itens à venda, além das camisas. O turismo irá agregar muito valor ao nosso clube. E a certeza que esse é um pontapé inicial para grandes conquistas e para o crescimento do nosso alviazul”, opina.
Felipe Reinoldi, torcedor do Esportivo que reside em Porto Alegre, vai ao encontro da opinião de Wagner. “Eu gostei da mudança, achei o novo símbolo bonito. Claro, é normal o torcedor estranhar em um primeiro momento, como qualquer novidade, mas depois acaba acostumando. Acredito que é necessário o torcedor entender o motivo da mudança, que vai muito além de estética, é preciso ter uma ‘visão empresarial’”, comenta.
Além disso, o jovem torcedor também elogiou a criação de produtos do clube para a comercialização no turismo e, consequentemente, o surgimento de novas fontes de receita, assim como fez o Ypiranga de Erechim, atual vice-campeão gaúcho e que vive um momento de ascensão. “Acredito que essa mudança no símbolo, assim como o lançamento de produtos, é um ‘primeiro passo para novas fontes de receita, maior engajamento da cidade e boa vitrine para patrocinadores. Tudo isso contribui para o crescimento do clube”, conclui.
Outra torcedora que se colocou a favor da modernização do escudo foi Luana Zortéa, a qual salientou que a transformação foi inovadora e que associou o clube ainda mais à cidade na qual está inserido. “Qualquer mudança que fosse feita em relação ao escudo, se fosse trocar o tom de azul, ou o número de listras, vão ter as pessoas contra e a favor. Mas achei inovador, pois quantos clubes têm o formato parecido com o antigo, como o Figueirense, o Santos. Quantos clubes vão ter o logo em formato de taça de vinho? Só nós”, afirma Luana, que complementa:
“O clube foi fundado para representar a cidade de Bento Gonçalves. Está na ata de fundação. Nada mais junto que o clube buscar agora uma nova identidade visual com algo que também represente a cidade, que é o vinho. Achei muito legal o detalhe em cima com o ano de fundação e remetendo o nome de fundação. A listra mais grossa me lembra muito a pipa pórtico. É um símbolo que representa a cidade nele, coisa que não acontecia. Está mais a cara de Bento”, analisa.
A maioria dos conselheiros do Esportivo foram a favor da mudança. É o caso de Irani Raymondi, que aprovou o novo escudo e salientou que a transformação tende a aumentar os investimentos no clube. “Achei que ficou muito bacana. Tudo é válido. Isso vem para divulgar ainda mais o nome do clube. Essa relação do escudo com o vinho, a taça, acho que casou perfeitamente e tomara que isso faça com que muitas pessoas comprem os produtos e venham ao estádio. Não só o escudo, mas todo o processo dessa mudança é muito positivo para o clube. É uma maneira de trazer mais investimentos e de valorizar a nossa terra, que é a terra do vinho”, pondera.
O alviazul Allan Zanetti, por sua vez, não aprovou a mudança, e afirma que o clube pecou em não ter consultado o torcedor para a aprovação do novo escudo. “O Esportivo não é uma empresa pautada pelas tendências do mercado. O maior bem de um clube de futebol são os seus torcedores. Fazer uma mudança fundamental, como a do escudo, sem consultar a torcida foi um erro. A diretoria alviazul tenta se aproximar das lideranças empresariais, só que se afasta cada vez mais do povo de Bento Gonçalves”, opina.
Assim como Allan, o alviazul Diego Conci também desaprovou a transformação da identidade visual do clube. “Não se muda escudo e cores de um clube. Pois isso não é uma empresa que vai se ajustando ao mercado. Tem toda uma história por trás disso. Estão mais focados em desfiles para mostrar uniforme do que correr atrás de patrocínio e jogar todo ano”, comenta.
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