Parece que o cenário está se organizando para que o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), seja mesmo o candidato da terceira via nas eleições presidenciais em outubro deste ano. Depois da possível desistência do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), de concorrer a presidente, o ex-juiz Sergio Moro é mais um a desembarcar do sonho. Ele está deixando o partido Podemos, onde foi apresentado como pré-candidato a presidente da República, para filiar-se no União Brasil. A informação é do jornal O Estado de São Paulo (Estadão).
O próprio Sérgio Moro foi quem informou à presidente do Podemos, Renata Abreu, que deixará o partido. Ele foi convidado a ir para o União Brasil para ser candidato a deputado federal. Moro foi apresentado como pré-candidato presidencial, mas enfrentava resistências no Podemos, sobretudo dos deputados federais, que resistem a ceder a quantia do fundo eleitoral para a campanha ao Palácio. "Saiu oficialmente, comunicou a presidente do partido, Renata Abreu, agora cedo", disse ao Estadão o senador Jorge Cajuru (Podemos-GO). "Ele está querendo um partido com estrutura financeira, que o Podemos não tem. O Podemos tem uma coisa melhor que estrutura financeira, tem credibilidade, tem um Álvaro Dias no quadro como líder", afirmou Kajuru.
O ex-juiz da Lava Jato esteve com o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, na segunda-feira, 28, e os dois debateram sobre a possibilidade de unificar as candidaturas de terceira via. O União Brasil, partido que foi originado da fusão do PSL com o DEM, mantém diálogos constantes com o PSDB e o MDB para tentar apresentar uma candidatura única alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com isso, crescem as chances de Eduardo Leite ser o nome mais forte para a criação de uma terceira via com um bloco forte de partidos. O ex-governador gaúcho poderia formar uma chapa tendo Simone Tebet (MDB) como vice, contando ainda com o apoio do União Brasil numa forte composição para enfrentar Lula e Bolsonaro, os favoritos na corrida eleitoral.