O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da Procuradoria da Função Penal Originária e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Núcleo Saúde), com apoio do 1º Batalhão de Polícia de Choque da Brigada Militar, desencadeou na manhã desta quinta-feira, 31 de março, a operação Copa Livre. Estão sendo cumpridas 81 medidas cautelares contra 24 pessoas físicas e 15 empresas. Sete dessas empresas foram proibidas de contratar com o poder público e seis pessoas, afastadas dos cargos. Essas medidas cautelares estão sendo cumpridas em endereços comerciais e residenciais, em instituições e órgãos públicos de Canoas, Porto Alegre, São Paulo/SP, São Bernardo do Campo/SP, Barueri/SP, Santana do Parnaíba/SP, Nova Iguaçu/RJ, Niterói/RJ e Contagem/MG.
O principal impacto da operação aconteceu em Canoas, onde o prefeito Jairo Jorge foi afastado do cargo. A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou o afastamento a pedido da Procuradoria dos Prefeitos do Ministério Público (MP). Desde o começo da manhã desta quinta-feira, 31, o MP, através do Gaeco e com apoio da Brigada Militar, cumpre mandados de busca e apreensão na cidade da Região Metropolitana. Há ordens judiciais sendo cumpridas na sede da prefeitura e no apartamento do chefe do Executivo.
Segundo o MP, sete dessas empresas foram proibidas de contratar com o poder público, e seis pessoas, afastadas dos cargos. As demais, além do prefeito, não tiveram os nomes divulgados.
Quem é Jairo Jorge
Jairo Jorge, 58 anos, jornalista por formação, é prefeito de Canoas desde janeiro de 2021, após ter sido eleito para o cargo pela terceira vez, com 53% dos votos válidos. Ele já havia sido eleito em 2008 e 2012. Canoas é o terceiro município mais populoso do Estado, com 349 mil habitantes. Com o afastamento determinado pela Justiça, a prefeitura deve ser conduzida pelo vice, Nedy de Vargas Marques, do Avante.
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