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Bolsonaro sobe o tom e define Lula e Sergio Moro como principais adversários

No evento Filia Brasil, realizado pelo PL na tarde deste domingo, 27 de março, foi marcado pelo que o presidente definiu como a "luta do bem contra o mal".

27/03/2022 às 19h06 Atualizada em 27/03/2022 às 19h16
Por: Marcelo Dargelio
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Bolsonaro sobe o tom e define Lula e Sergio Moro como principais adversários

O período eleitoral para as eleições presidenciais ainda não começou, mas o clima já está esquentando entre os pré-candidatos. E o primeiro a subir o tom foi justamente o presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição em 2022. O lançamento simbólico da pré-candidatura dele neste domingo, 27 de março, foi marcado por falas acerca de algumas realizações do governo e críticas veladas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e até ao ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), ambos pré-candidatos à Presidência da República.

A fim de evitar punições da Justiça Eleitoral por uma eventual campanha antecipada, Bolsonaro, ministros e quem mais usou a palavra para falar aos eleitores, evitou tornar a solenidade em uma campanha eleitoral. Oficialmente, o evento, chamado de "Movimento Filia Brasil", teve por finalidade filiar quadros políticos para as eleições de 2022.

Contudo, não faltaram declarações com cunho eleitoral e referências à disputa que ele terá no pleito deste ano. Bolsonaro, por exemplo, falou que o "inimigo" do Brasil não é "externo", mas "interno". Segundo ele, não é uma luta da "esquerda contra a direita", mas "do bem contra o mal". "E nós vamos vencer esta luta", declarou.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que atua como coordenador da campanha presidencial à reeleição, disse que os eleitores "têm a verdade" ao lado e que não seria "um mentiroso de nove dedos, nem um traidor" que conseguiria "enganar" o brasileiro "como fizeram no passado". A fala foi uma referência direta a Lula e a Moro, que é chamado de "traidor" entre aliados do presidente.

Ao longo de seu discurso, Bolsonaro fez críticas veladas às pesquisas eleitorais. Boa parte delas o aponta em segundo lugar, atrás de Lula, e sem fazer menção a um instituto ou pesquisa em específico, ele declarou que "uma pesquisa mentirosa publicada mil vezes não fará um presidente da República".

O clima interno no governo é de desdém em relação às pesquisas eleitorais. O núcleo duro de Bolsonaro faz, inclusive, cálculos sobre as chances de ele ser reeleito ainda em primeiro turno. Houve, contudo, o reconhecimento de que Bolsonaro precisaria se afastar de assuntos polêmicos para reduzir sua rejeição junto ao eleitorado e crescer nas pesquisas.

 

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