Foi-se o tempo em que a única opção de proteína plant based era aquele hambúrguer com gosto exagerado de defumado. O ingrediente abriu o caminho, mas agora o mercado já encontrou novas possibilidades. Em restaurantes espalhados ao redor de todo o Brasil, os cardápios já se adaptam às novas realidades com pratos baseados em plantas que vão desde a pancetta, passando pelo salmão e pelo atum e até chegar na pizza e na feijoada.
Em São Paulo, um cardápio que mostra a criatividade ao usar vegetais para recriar a aparência e o sabor de proteínas animais é o da Green Kitchen. Por lá, o cliente pode encontrar um polpetone, feijoada, fish and chips, linguiça e até “lombinho sem porco”. As receitas são parte de uma ideia maior do executivo Fábio Zukerman, nome por trás da Green Kitchen, que busca soluções de alimentos baseados em plantas para o dia a dia.
Os sabores seguem a aparência e são semelhantes ao produto que tenta imitar. A pancetta, uma carne vegetal marinada e frita, vem com uma casquinha crocante por fora e com um limãozinho acompanhando. E funciona na boca: lembra o sabor da “original” e consegue manter a suculência por dentro. A polpeta, feita de ervilha, fica um pouco atrás na surpresa que causa, mas se sai bem melhor do que o prato vegetal congelado no mercado. “O hambúrguer foi realmente um chamado para entendermos todas as possibilidades deste universo de plantas. Definitivamente conseguimos chegar em resultados muito similares aos que o consumidor está acostumado a comer. Entregamos um produto que traz memória afetiva, te liga aos seus hábitos e tradições”, diz Fábio. “Hoje temos análogos de carnes e laticínios de todos os tipos e que não apenas mimetizam as versões originais, como conseguem resgatar o prazer e a memória afetiva de comer aquele alimento 100% vegetal”.
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