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Saiba como decorar valorizando memórias

Qualquer elemento, dependendo de sua origem e da história que conta, pode se tornar importante em uma decoração afetiva.

17/03/2022 às 15h44
Por: Jaqueline Bagnara Fonte: Divulgação (biancogres.com.br)
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A função primeira de uma residência é ser o abrigo mais importante das nossas vidas. Junto a isso, é imprescindível que o arquiteto traduza em cada projeto a personalidade dos usuários, considerando suas memórias e emoções em uma decoração afetiva, capaz de gerar identificação profunda e instantânea entre as pessoas e os ambientes.

Objetos colecionados, fotografias, obras de arte, peças raras e até mesmo roupas são estratégias importantes para que o profissional possa compor uma decoração que remete às histórias que as pessoas carregam consigo. Os resultados podem ser encantadores e surpreendentes.

Apesar de ainda ser explorada de maneira incipiente na maioria dos projetos de design e de arquitetura de interiores, sabe-se que a decoração afetiva tem uma relação direta com o campo da psicologia.

Quando o arquiteto tira partido disso, as pessoas que vão viver naqueles ambientes passam a ter, conscientemente ou não, uma nova maneira de encarar a influência que exercem sobre o espaço  e, é claro, a influência que o espaço exerce sobre cada um deles. Assim, a identificação com os elementos se torna ainda mais importante.

Nessa tendência, que aos poucos toma conta dos lares para evitar que o cotidiano acelerado torne as pessoas insensíveis às próprias raízes, as regras não são explícitas como em outros estilos. Na verdade, é o contrário: em uma decoração afetiva, o melhor é que os itens sejam pessoais, tenham significado, e a união harmônica entre eles é que vai despertar sensações e compor um décor único.

Por isso, em uma decoração afetiva, nada é utilizado por acaso ou de maneira aleatória. A escolha dos objetos e a organização dos espaços são cruciais para alcançar a atmosfera personalizada que só esse estilo decorativo pode proporcionar!

Conheça os elementos que compõem o ambiente

Qualquer elemento, dependendo de sua origem e da história que conta, pode se tornar importante em uma decoração afetiva. Entretanto, alguns objetos são mais utilizados para investir nesse estilo e acertar de primeira.

Peças de mobiliário herdadas de parentes são grandes apostas para a decoração afetiva. É comum que esses móveis tenham sofrido um pouco com o uso e a passagem do tempo, mas nada que uma boa restauração não resolva!

E pode ser mais simples do que se pensa: reparos como troca de estofado, puxadores, tecido ou pintura novos já fazem toda a diferença no visual de uma peça.

Assim, é possível equilibrar a história que o mobiliário carrega consigo e as adaptações de design que fazem com que ele combine mais com o que é contemporâneo e continue útil por muito mais tempo.

Revestimentos

Existem alguns revestimentos com o estilo retrô que são capazes de remeter aos antigos pisos usados em casas antigas. Esses materiais podem trazer à memória os momentos de vivência com a família na época de infância, como na casa dos avós.

Porcelanatos que imitam o ladrilho hidráulico são perfeitos para trazer a decoração afetiva. Na Biancogres, algumas opções que têm sido amplamente utilizada com esse intuito são o Urban Vintage, Cemento Hidráulico, Savona, Treviso e Veronella.

As madeiras também são sempre muito interessantes para entregar um toque retrô. Porcelanatos inspirados nas madeiras rústicas utlizadas nas antigas casas de fazenda, como Legno Maso, são perfeitos para ressaltar a decoração afetiva e sensação de aconchego dentro do lar.

Imagens

Fotografias e gravuras são capazes de remeter a outras épocas com muita facilidade. Por meio delas, a qualquer momento é possível relembrar pessoas e momentos incríveis.

Composições com fotos ficam excelentes em corredores ou em uma parede de fundo para o aparador ou o sofá. Dispor delas em estantes e nichos é uma ideia mais clássica, mas que sempre funciona muito bem.

Vale caprichar na escolha das molduras: metálicas, espelhadas ou em madeira, tudo depende do gosto do cliente e da criatividade!

Souvenires de viagem

Se ainda não existe uma coleção de pequenas lembranças dos lugares já visitados, é bom começar uma a partir da próxima viagem!

Afinal, souvenires são alguns dos objetos que melhor se encaixam na decoração afetiva, uma vez que podem carregar consigo lembranças de histórias engraçadas ou emocionantes de onde e como foram adquiridos.

Miniaturas de edificações ou monumentos, ilustrações ou quaisquer outros tipos de souvenires que remetem com facilidade a um determinado local são muito bem-vindos.

Louças

Louças antigas, tanto em conjunto quanto em peças soltas, também representam um belo papel em uma decoração que remete a memórias e afetos.

Xícaras sem par que se transformam em vasos para cultivar temperos na cozinha, uma bandeja antiga que compõe o centro de mesa, uma jarra ou um bule que só são utilizados em ocasiões especiais. Fiquem expostas o tempo todo ou não, as louças são grandes aliadas da decoração afetiva.

Cores alegres

As cores podem tornar um ambiente mais ou menos acolhedor, de acordo com os tons escolhidos. É o que mostra a cromoterapia, ciência que estuda os efeitos das cores nas condições físicas e emocionais de cada pessoa.

Nesse sentido, ao desejar uma decoração afetiva, optar pelo uso de tonalidades alegres, como amarelo, verde, rosa, azul etc. costuma ser uma escolha válida. A cor azul é associada a sensação de tranquilidade, o que combina com quartos, banheiros e salas de estar, já que são ambientes convidativos ao relaxamento. Enquanto isso, cores alegres e mais vivas, como amarelo e laranja, são mais recomendados para cozinha, sala de jantar e escritório, por estimular a criatividade e a comunicação.

De qualquer forma, para quem não abre mão de tons neutros, como branco, bege e marrom, saiba que essas cores podem continuar sendo adotadas no ambiente e combinadas com outras paletas, para proporcionar uma decoração afetiva.

Plantas

Trazer as plantas para dentro do lar é uma tendência de decoração, a chamada Urban Jungle, que se tornou ainda mais forte nesse momento em que vivemos, onde a falta do contato com a natureza se intensificou.

O sucesso desse estilo não se limita ao charme estético que as plantas trazem para um espaço, mas também pela maior sensação de frescor e melhoria da qualidade de vida proporcionada.

Mas além disso, trazer as plantas para o lar também ajuda na promoção do bem-estar, como mostram estudos realizados durante a pandemia, e pode criar uma decoração mais afetiva. Para isso, é preciso avaliar o nível de iluminação e ventilação natural para pensar em espécies que se adaptem a tais características.

Coleções

Parte do charme da decoração afetiva diz respeito a mostrar a personalidade dos moradores de determinado ambiente. Afinal, se isso não ficar claro, possivelmente a decoração escolhida é fria e pouco aconchegante, correto?

Pensando nisso, optar por destacar coleções — seja de livros, músicas, itens de viagem, HQs, bonecos de super-herói etc. — é uma maneira de agregar à decoração e mostrar um pouco de personalidade.

Assim, para valorizar ainda mais esses elementos na decoração, é válido em móveis planejados que destaquem a decoração, como uma estante vintage de madeira, prateleira pequena e com visual moderno ou outras opções. Tudo de acordo com o estilo da coleção.

Faça você mesmo

O estilo decorativo DIY ou faça você mesmo, traduzido para o português, se torna cada vez mais popular, seja pela proposta sustentável de reaproveitar elementos ou pelo relaxamento de construir itens decorativos para a própria casa, sem a necessidade de contar sempre com um profissional especializado.

Assim, é possível ter peças exclusivas na decoração e que têm significados especiais para os moradores, que podem utilizar fotos do álbum de família, cartas e demais itens com valor afetivo para cada um e que, ao adotar a criatividade, se transformam e passam uma ideia de decoração ainda mais afetiva.

Como já ressaltamos, a decoração afetiva é extremamente pessoal. Por isso, esteja aberto a aproveitar outros elementos significativos. Livros, discos de vinil, CDs, obras de arte, miniaturas de carros e outros colecionáveis são bons exemplos de objetos que podem ser ressignificados e incorporados ao visual dos ambientes, deixando de ser apenas recordações guardadas no fundo de armários.

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