A paixão pelo Jiu Jitsu vem de família. Kelly Rodrigues conheceu a modalidade em 2002, quando enfrentava problemas com a asma. A sua filha, Emmily Rodrigues Boeno, já praticou voleibol, jazz, violão e fez parte de um coral, mas só o tatame e o kimono fizeram brilhar os seus olhos. Hoje, com 12 anos de idade, a jovem bento-gonçalvense participa de competições estaduais levando a bandeira do município consigo. Com dificuldades com custos, a família busca auxílio e apoiadores para que Emmily siga participando de torneios da modalidade.
A mãe conheceu o Jiu Jitsu através do seu irmão, que também pratica a arte marcial. “O meu irmão apresentou o esporte e me aconselhou que o Jiu Jitsu te ensina ter um autocontrole na respiração, e procurei por esse motivo”, explica Kelly.
Kelly começou a treinar em Caxias do Sul e seguiu na modalidade em Bento Gonçalves. Posteriormente, incluiu a sua filha, que na época tinha oito anos, para conhecer e praticar Jiu Jitsu. “Coloquei a Emmily em várias atividades, como no vôlei, jazz, violão, coral, mas ela nunca se acertava. Até que eu apresentei o Jiu Jitsu, com aulas de um projeto social em uma igreja próximo de casa. Ali eu vi que a minha filha começou a se desenvolver”, relata a mãe.
E foi amor à primeira vista, como afirma a jovem atleta, que logo buscou uma academia para começar a competir - a Associação Bento-Gonçalvense de Jiu Jitsu (ACBJJ). “Quando comecei no Jiu Jitsu me apaixonei de cara. Comecei a treinar e segui os passos da minha mãe. Depois de um tempo que conquistei a faixa cinza, quis muito participar de campeonatos e falei para a minha mãe que gostaria de competir. E, então, vim aqui na ACBJJ treinar, onde fui muito bem acolhida. Aqui somos uma família”, pondera Emmily.
Emmily já disputou a Copa Nova Hartz, o Campeonato Gaúcho Sem Kimono e o Campeonato Internacional AGP, em Gramado. “Bateu muito nervosismo. Bateu aquela tensão se vou ganhar ou se vou perder. Na última competição fiquei acordada a noite inteira, não conseguia dormir de tão tensa que fiquei. A adrenalina de chegar no ginásio, ver os tatames e pensar que vou lá e lutar é muito bom, a adrenalina que sobe é muito boa”, detalha a jovem.
Custo elevado para a participação em competições:
A promessa do Jiu Jitsu, no entanto, esbarra na dificuldade financeira para continuar competindo e buscando medalhas para o município e para a sua equipe. Por conta dos custos elevados, a mãe encontra, na limitação financeira, um empecilho para mantê-la nas competições estaduais.
“Sou costureira e o salário não alcança todas despesas, e crio a Emmily sozinha, com ajuda da avó e do seu irmão com alguns gastos. Na próxima competição, tivemos um custo de R$ 137 reais, e mais R$ 200 reais de combustível, dependendo do local, além de gastos com alimentação. Para mim é importante que ela continue, pois mantém a autoestima, o respeito, o comprometimento, a saúde física e mental”, ressalta a mãe.
O mestre da ACBJJ, André Cristófoli, pondera que o trabalho do Jiu Jitsu como ferramenta social é justamente integrar os jovens para que tenham foco de treinar e crescer cada vez mais na modalidade. “A criançada tendo um objetivo estão longe das drogas, das ruas. Sempre friso bastante que para ser um campeão é preciso treinar, não tem como ser campeão sem treinar, sem se esforçar e se dedicar. Não tem atalho. E se dedicando o cara não vai estar na rua.
Como ajudar:
A família pede o apoio da comunidade de Bento Gonçalves e de empresários em busca de um patrocínio ou apoio para manter Emmily competindo. Para quem gostaria de auxiliar nas despesas de participação de torneios da jovem promessa do Jiu Jitsu, basta entrar em contato com Kelly pelo fone (54) 99114-5843. A mãe também disponibiliza uma conta bancária para doações de quaisquer valores que possam ajudar nas despesas.
Banco Sicoob
Ag 4351
Conta corrente 652245
KELLY RODRIGUES
Bento Gonçalves