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Mitos e verdades sobre as viagens de navio

É mesmo impossível não sentir enjoo? Dá para sentir o barco balançar? As bebidas estão inclusas no pacote? Conheça as respostas para essas e mais dúvidas frequentes de quem está para viajar de navio pela primeira vez.

15/12/2018 às 21h01
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Marcelo Dargelio
Marcelo Dargelio

Apesar de as viagens de navio estarem se tornando uma modalidade cada vez mais comum, não é nada raro que as pessoas tenham uma ideia errada sobre muito do que acontece a bordo de um transatlântico. Em razão dos muitos mitos que ainda circulam a respeito de como é fazer uma viagem de navio, muita gente pensa, por exemplo, que estar em um cruzeiro é algo tedioso, ou que é simplesmente impossível andar em linha reta devido ao balanço do mar.

Mas, afinal, o que é verdade e o que é mentira? É realmente preciso apelar para remédios contra a náusea? A comida é variada? Desvendamos o que é ou não real em uma viagem de navio:

1. Dá para se perder dentro de um navio

Verdade! Uma das coisas que mais impressiona quem está embarcando em uma viagem de navio pela primeira vez é o tamanho dos transatlânticos. Eles realmente parecem enormes prédios e, por dentro, é muito fácil se confundir entre os muitos andares, corredores, bares, restaurantes e piscinas.

Ainda assim, não se preocupe: os funcionários dos cruzeiros são sempre muito solícitos na hora de dar direções e algumas companhias já começaram a disponibilizar aplicativos que ajudam os hóspedes a se orientar. Se você estiver viajando com uma turma grande, o ideal é combinar horários e pontos de encontros fáceis de achar. Além disso, se a ideia for seguir a programação de atividades do navio ou agendar algo – como um jantar ou uma massagem, por exemplo – é ideal não deixar para ir até os locais em cima da hora marcada.

2. A alimentação e as bebidas são “open”

Meio verdade, meio mito. Assim como acontece em hotéis, é possível optar por diferentes tipos de tarifa que podem ou não incluir um certo número de refeições e bebidas alcoólicas. A maior parte dos cruzeiros possui um buffet para que os hóspedes façam todas as refeições do dia já inclusas em qualquer tipo de pacote escolhido. A gastronomia dentro de navios, porém, costuma ser bastante variada e, para ir a alguns dos restaurantes, é necessário pagar a parte.

Para bebidas, porém, o mais comum é que os hóspedes que queiram experimentar drinques nos inúmeros bares do navio tenham de fechar pacotes que não estão inclusos nas reservas. É importante lembrar que, se há interesse em um pacote como esse, é melhor adquiri-lo com antecedência, junto das reservas, já que, uma vez a bordo do navio, é possível que os preços subam ou que o pagamento seja feito em dólar. 

3. É possível levar bebidas alcoólicas a bordo

Depende da companhia (e da quantidade). As companhias costumam ser bem restritivas quanto ao embarque de bebidas alcóolicas e, enquanto algumas não permitem que os hóspedes levem bebida alguma, outras os autorizam a levar uma quantidade limitada de vinho ou champanhe. Antes de embarcar, é importante checar as normas da companhia em questão, e não se engane achando que é possível embarcar com esse tipo de coisa escondida, pois as bagagens são inspecionadas e passam por aparelhos de raio X.

Caso os hóspedes comprem algum tipo de bebida alcoólica durante as paradas do navio ou até mesmo nas lojas dentro do transatlântico, as garrafas costumam ser guardadas no navio e devolvidas aos passageiros apenas no final da viagem.

4. O embarque pode ser demorado

Verdade! Para quem viaja com a MSC, por exemplo, é recomendado se apresentar no balcão de embarque três horas antes do horário estipulado na passagem, assim como pedem os aeroportos quando o voo é internacional. Depois que os passageiros entregam as malas, eles recebem uma senha e aguardam a chamada para o check-in e o embarque, onde têm os documentos conferidos. Em temporada, é possível que os passageiros enfrentem filas no momento do embarque, então é bom ficar de olho no horário.

5. A água das piscinas é marinha

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Verdade! De acordo com a MSC, a água das piscinas é dessalinizada, tratada a bordo e trocada diariamente em todos os navios. Nas embarcações de algumas companhias, também é possível encontrar piscinas de água salgada.

6. Os hóspedes têm muito contato com a tripulação

Meio mito, meio verdade. Porém, se você assistiu “Titanic” um milhão de vezes e morre de vontade de participar da festinha da tripulação (retratada como algo muito mais legal do que o restante do cruzeiro ) em uma viagem de navio, já pode tirar o cavalinho da chuva.

Sim, os hóspedes interagem bastante com funcionários do navio, como os garçons – já que as refeições dos passageiros ocorre sempre nas mesmas mesas e eles acabam sendo atendidos pelas mesmas pessoas –, a equipe de animação, as pessoas que ficam em lojas, bares e no balcão da recepcão, mas o contato para por aí.

7. O comandante pode expulsar pessoas de um navio

Verdade! Qualquer situação que possa colocar em risco o conforto, a saúde e a segurança dos passageiros durante uma viagem de navio é avaliada pela autoridade máxima da embarcação, ou seja, o comandante. Dependendo da situação, ele pode, sim, julgar necessário o desembarque de um hóspede. Sem baderna no navio, hein!

8. A gastronomia é variada

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Verdade! No MSC Seaside, por exemplo, os hóspedes têm 11 opções de restaurantes à disposição. Ah, e não pense que eles são parecidos; enquanto alguns são especializados em frutos do mar, outros servem pratos da culinária francesa, outros são para quem curte carne e há ainda o Asian Market Kitchen, coordenado pelo chef Roy Yamaguchi. A variedade de restaurantes, porém, não é exclusiva dessa embarcação; é realmente comum que navios tenham uma enorme quantidade de restaurantes, bares e até docerias, para todos os gostos. O difícil mesmo é escolher (e, é claro, manter a dieta).

9. Estar a bordo é tedioso

Mito! Além da enorme variedade de restaurantes para os amantes de gastronomia, os navios costumam contar com entretenimento de primeira voltado para todos os tipos de público. Em uma viagem de navio, é possível encontrar áreas destinadas para a diversão dos pequenos, cassinos, inúmeras piscinas, atividades como boliche, simuladores, discotecas, quadras esportivas, academias, spas e até opções mais radicais, como tirolesas.

Além disso, há a possibilidade de os hóspedes assistirem a espetáculos que os fazem esquecer que estão a bordo de um navio (no MSC Meraviglia, por exemplo, os passageiros podem assistir a apresentações do famoso Cirque du Soleil). Os navios também contam com equipes de animadores que bolam programações para todos os dias de viagem.

Mesmo em roteiros que duram apenas uma semana, os hóspedes que não quiserem passar o tempo todo no navio, não são obrigados. Normalmente, os navios fazem escalas antes do destino final, e os passageiros podem descer para aproveitar algumas horas curtindo um pouco de várias cidades diferentes.

10.  Não dá para sentir o movimento do barco

Mito! Talvez a maior dúvida de pessoas que estão embarcando em uma viagem de navio pela primeira vez seja a respeito do balanço do transatlântico e da possibilidade de elas sentirem enjoo. Não é raro ouvir pessoas dizendo que mal dá para sentir o navio se movendo, mas é, sim, possível sentir uma leve sacolejada conforme a embarcação navega. Ainda assim, a menos que o mar esteja muito revolto, essa movimentação não fará você se sentir em uma gangorra. Há, sim, quem enjoe, mas, de acordo com pessoas que já trabalharam em navios, muitos passam mal justamente pelo medo de passar mal. A dica é: leve, sim, um remédio para enjoo, mas fique ciente de que não é nada de outro mundo.

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