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Prédio incendiado da SSP será implodido em Porto Alegre no dia 6 de março

Em meio à operação, até mesmo a Estação Rodoviária da capital gaúcha estará temporariamente fechada

25/02/2022 às 13h58 Atualizada em 25/02/2022 às 14h03
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Governo RS
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Incêndio destruiu prédio em 14 de julho de 2021 - Foto: Divulgação
Incêndio destruiu prédio em 14 de julho de 2021 - Foto: Divulgação

O prédio da antiga sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), destruído por incêndio na noite de 14 de julho de 2021, deixará de existir na manhã de domingo do dia 6 de março. Em apenas sete segundos após o acionamento da implosão, marcado para as 9h, restarão 20 mil toneladas de escombros no terreno da rua Voluntários da Pátria, 1.358, em Porto Alegre. Todo o planejamento da operação e os impactos na rotina da capital foram divulgados na manhã desta sexta-feira (25/2), em coletiva de imprensa conduzida pelo vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior, com a participação de representantes das 28 instituições das esferas federal, estadual, municipal e privadas envolvidas.

Com prioridade em garantir a segurança da população e dos agentes, ao longo do último mês foi montada uma operação extremamente complexa, com uma série de ações que irão se desenvolver ao longo da próxima semana e terão impacto na mobilidade urbana da cidade já na véspera da implosão. Instalado pelo governo do RS e sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, um Sistema de Comando de Incidentes (SCI) vai articular a atuação de cada órgão.

A ação demandará a evacuação total de residências e estabelecimentos em um raio de 300 metros a partir do prédio da antiga sede da SSP. Por consequência, haverá fechamento temporário de importantes equipamentos urbanos como a estação rodoviária e parte das estações do Trensurb, além de bloqueios de trânsito que abrangem a rua Voluntários da Pátria e a avenida Castelo Branco, uma das principais entradas da cidade.

Isolamento de área e evacuação
A mobilização na região terá início ainda no sábado (5/3), às 18h, quando a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) da capital fará o isolamento das vagas de estacionamento no perímetro, que engloba as ruas Garibaldi, Santo Antônio, Ernesto Alves, Comendador Coruja e Pelotas, entre a avenida Farrapos e a Voluntários da Pátria. A partir desse momento, não será mais permitido estacionar em via pública no raio de 300 metros do prédio, considerada Área de Segurança Pública.

No domingo (6/3), a partir das 7h, a Brigada Militar e agentes da Defesa Civil do Estado darão início ao trabalho de desocupação total dos imóveis localizados no perímetro de 300 metros, orientando todos os moradores e trabalhadores de estabelecimentos a deixarem os locais e se dirigirem para além dos limites da Área de Segurança Pública. Ninguém poderá permanecer, sob nenhuma hipótese, e retorno só poderá ocorrer após a liberação das autoridades.

Fechamento da rodoviária de Porto Alegre
Compreendida no perímetro de segurança da operação, a estação rodoviária de Porto Alegre também terá de ser totalmente desocupada durante a manhã do domingo (6/3). As últimas saídas e chegadas de ônibus à capital ocorrerão às 7h. Logo em seguida, terá início a evacuação total da edificação no Largo Vespasiano Júlio Veppo.

Rodoviária temporária
Para dar continuidade às viagens programadas para o período entre 7h e 12h do domingo (6/3), a Veppo, administradora da estação, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), que controla a circulação de ônibus intermunicipais, interestaduais e internacionais, e a EPTC vão estabelecer uma rodoviária temporária.

Nesse período de cinco horas na manhã de domingo (6), os ônibus irão sair e chegar no Terminal Conceição, embaixo do viaduto do túnel, entre as avenidas Farrapos e Alberto Bins. Ao todo, estão previstas 54 saídas e 30 chegadas em Porto Alegre das 7h às 12h.

200 kg de explosivos
A operação para implosão do prédio vai utilizar 200 quilos de explosivos, do tipo Ibegel SSP, com cartuchos de uma polegada de diâmetro por oito polegadas de comprimento (20 cm). Os explosivos serão instalados em 1.184 furos horizontais em pilares do prédio com 1,02 metro de profundidade média, com 4,5 mil metros de cordel de detonante. O acionamento será realizado a partir de um tubo pirotécnico de 300 metros até o ponto de detonação.

A estrutura colapsada será envolta, do térreo até a altura do quarto andar, com quatro camadas de telas de proteção reforçadas para evitar que eventuais detritos escapem. Na área de risco, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) também terá a atuação de uma guarnição com caminhão auto bomba tanque (ABT), que usará jatos d’água para limpeza de pistas no terreno, onde poderá ocorrer o acúmulo de poeira da implosão.

A queda total da estrutura colapsada deve ocorrer em sete segundos, deixando no chão cerca de 20 mil toneladas de entulho. Seis sismógrafos de engenharia serão posicionados em pontos estratégicos do terreno para medir o nível de vibração da implosão e deslocamento de ar (ruído).

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