O servidor público da prefeitura de Bento Gonçalves Alexsandro Portilho, única pessoa apontada até o momento como envolvida no maior caso de desmatamento irregular da história do município, era responsável por investigar ao menos 16 colegas de trabalho. No Diário Oficial Eletrônico (DOE), o nome dele aparece de forma constante como responsável por sindicâncias relativas à conduta de outros funcionários até a edição publicada na sexta-feira, dia 18, mesmo depois de o escândalo vir à tona.
Nesta segunda-feira, 21, entretanto, a administração publicou novas portarias revogando a participação de Portilho em todos os processos e designando novos sindicantes. Entre eles, há vários que foram abertos ainda em 2020 e pelo menos um que data de fevereiro de 2017. O governo também divulgou, na mesma edição, a instauração da sindicância para investigar a atuação do próprio servidor.
Logo depois da confirmação da denúncia, Portilho perdeu a Função Gratificada (FG) que recebia junto ao seu salário, no valor de quase R$ 1.500,00. Até o momento, contudo, ele não foi afastado do cargo, já que isso depende justamente do resultado de um processo administrativo.
Na sessão legislativa desta segunda, também foi discutida na Câmara a possibilidade de convocação do servidor para prestar esclarecimentos aos parlamentares. O vereador Anderson Zanella (Progressistas) deverá fazer o chamamento através da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-Estar Social da Casa.