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Cinco destaques do setor automotivo em 2017

Retomada do crescimento nas vendas e o lançamento de veículos que caíram no gosto do brasileiro. Confira os destaques positivos do ano.

15/12/2018 às 21h01
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Divulgação
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Marcelo Dargelio
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Restando poucos dias para o fechamento do ano, já dá para dizer quem surfou e quem decepcionou no mercado automotivo em 2017. O balanço revela algumas surpresas e também a confirmação de algumas tendências que já vinham desde a metade da década, como o predomínio dos SUVs. Vamos aos cinco destaques positivos nesta semana. 

1 – O ano do Jeep Compass

Poucos apostavam que este SUV médio, cuja versão básica beira os R$ 110 mil, venderia mais que os modelos menores, que estão na faixa de R$ 70 mil a R$ 90 mil. Mas o Jeep feito em Pernambuco foi a maior surpresa de 2017. Veio crescendo de forma consistente desde seu lançamento, há pouco mais de um ano. Até 18/12 contabilizava 46.886 emplacamentos, quase 3 mil a mais que o Honda HR-V, líder em 2015 e 2016. Foi uma aposta ousada da FCA num segmento que até então era um nicho de mercado . Agora, o que se vê é a corrida das marcas concorrentes para entrar nessa briga. Mas tudo indica que o Compass ainda terá um ano para navegar tranquilo.

2 – Hyundai Creta chega atropelando

Hyundai Creta foi o SUV mais vendido de novembro

Outro destaque entre os SUVs foi o Hyundai Creta, que vai fechar o ano com mais de 40 mil unidades emplacadas. Ele se firma como o maior rival do HR-V no segmento compacto, superando o Jeep Renegade, que até agora teve 37 mil unidades vendidas. E só não vai superar o Honda porque foi lançado em janeiro e demorou um pouco a embalar. Em dezembro, ele já tem 3.158 unidades vendidas, contra 2.460 do HR-V. Outro que foi bem foi o Nissan Kicks, nacionalizado este ano. Vai ficar acima de 32 mil (ótimo volume para o tamanho da rede), enquanto o renovado EcoSport fechará com 30 mil.


3 – Reação dos hatches compactos

VW Polo e Fiat Argo mostram que o segmento de hatches compactos continua com fôlego

Dos quatro principais lançamentos do ano, três foram hatches compactos – o outro foi o Creta. Fiat Argo, Renault Kwid e VW Polo mostram a disposição da indústria de oferecer boas opções para quem não quer aderir à onda dos SUVs e crossovers, embora o Kwid se coloque como o SUV dos compactos. O Argo chegou na metade do ano, demorou para embalar, e agora vem vendendo cerca de 4 mil unidades mês, apesar do recente recall. O Polo é o que chegou mais tarde, mas vendeu 3.831 em novembro, seu primeiro mês cheio, e deve repetir o volume em dezembro. Já o Kwid é um mistério: figurou como o segundo mais vendido em outubro, mas despencou em novembro e dezembro, colhido por um grande recall. Só 2018 é que vai dizer o real tamanho de mercado desses três modelos, mas tudo indica que Argo e Polo terão um mercado de respeito.


4 – Os donos do mercado

Chevrolet Onix volta a ser o destaque de vendas em 2017

Entra ano, sai ano, alguns conhecidos campeões recebem uma série de ameaças dos concorrentes, mas fingem que não é com eles e seguem em sua consistente hegemonia. O Chevrolet Onix é o melhor exemplo. Se no ano passado ele foi perseguido de perto pelo Hundai HB20, neste ano abriu uma dianteira absurda, quase o dobro do segundo colocado. Vai fechar o ano com quase 190 mil unidades vendidas, praticamente a soma do 2º e do 3º colocados (HB20 e Ford Ka). O mesmo vale para sua versão sedã, o Prisma. Já o Toyota Corolla tem mais que o dobro das vendas do Honda Civic, seu maior rival. Entre as picapes, segue o domínio da Fiat Strada entre as compactas e da Toyota Hilux entre as médias, com a Fiat Toro surfando quase sozinha no bloco intermediário.


5 – Deixamos o fundo do poço

Os números de 2017 animam, e deixam as expectativas para um 2018 melhor ainda

Após três anos de queda, já podemos dizer que 2016 foi o fundo do poço no Brasil. Os emplacamentos em 2017 terão alta de carca de 10%, em parte impulsionados pelas vendas diretas, que já representam 40% dos negócios – eram 32% em 2016. A produção de veículos terá um salto de 28%, e isso se deve ao excepcional desempenho das exportações, com recorde histórico e alta de 54% em relação a 2016. A promessa é de um 2018 um pouco melhor, embora os possíveis rumos das eleições ainda assustem muita gente na indústria e no mercado financeiro.


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