Uma mulher de 26 anos foi morta a tiros na saída de um condomínio na manhã desta segunda-feira, 7 de fevereiro. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro dela, de 23 anos. A polícia ainda procura pelo acusado.
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu por volta das 10h, em um condomínio residencial na Avenida Roberto Francisco Behrens, no bairro Mato Grande. A vítima foi identificada como sendo Débora Machado, de 26 anos. Ela estava em frente ao condomínio, quando foi surpreendida pelo ex-companheiro. Ele sacou um revólver e fez vários disparos à queima-roupa.
Após atirar contra a ex, que foi atingida na cabeça, nos braços e no pescoço, o homem ainda roubou um Peugeot de um outro morador, que chegava ao local. A polícia passou a fazer buscas pelo foragido, mas, até o fim da tarde desta segunda-feira, 7, ele não havia sido localizado. Apesar do desfecho trágico do caso, a delegada pede que o episódio não desestimule outras mulheres, vítimas de violência doméstica, a buscarem ajuda.
Segundo a delegada Clarissa Demartini, da Delegacia da Mulher de Canoas, logo após procurar a polícia no início de dezembro, a mulher obteve medida protetiva, que determinava que o ex não poderia se aproximar dela. Essa medida ainda estava em vigor até hoje, quando ela foi vítima do crime. Ao longo desse período, o ex teria seguido tentando fazer contato, de diferentes formas, inclusive pela internet. "Cumprimos três mandados de busca e apreensão nos endereços dele porque a vítima informava que ele teria acesso a arma de fogo. Por três vezes, representamos pela prisão preventiva dele. Em dois momentos, o pedido foi negado, em dezembro e janeiro. Na semana passada, na sexta-feira, fiz novo pedido porque ele tinha enviado e-mail para ela, com ameaças, e, no início da noite, foi aceito. Hoje, enquanto realizávamos diligências tentando localizá-lo, soubemos do feminicídio. A sensação é de que essa vítima nos escorreu por entre os dedos," diz a delegada.
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