Um fato inusitado marcou a manhã desta quarta-feira, 26 de janeiro, em duas cidades gaúchas. Grupos estão se organizando para propagar informações de que não é para os pais vacinarem suas crianças. Eles chamam a imunização de vacina experimental e que crianças e adolescentes são autoimunes contra o coronavírus.
O primeiro caso aconteceu na cidade de Passo Fundo. Um homem foi flagrado distribuindo panfletos contra a vacinação em pleno centro da cidade. O indivíduo distribuía o material nas paradas de ônibus do centro, com as cores no papel em verde e amarelo e informando pertencer a um grupo chamado “PELAVIDA”. Entre os tópicos numerados no panfleto estão argumentos do tipo: os laboratórios não assumem a responsabilidade pelos efeitos colaterais. Também acusa estes efeitos colaterais de estarem causando a morte de milhares de pessoas, destacando jovens saudáveis como vítimas.
Também há nos panfletos criticas à vacinação infantil. O folheto diz que crianças e adolescentes são imunes ao vírus por terem seus organismos fortalecidos e pede que as pessoas não vacinem seus filhos. Todas a acusações do material, que vão contra tudo que a ciência e a prática já mostrou, causaram a revolta de muitas pessoas ,que procuraram a Uirapuru, enviaram fotos dos panfletos e repudiaram o que classificam como um desserviço e até mesmo um atentado contra a saúde.
Carro de som foi utilizado em Novo Hamburgo
Na cidade de Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos, os grupos utilizaram carros de som para propagar a não vacinação de crianças. Dois veículos, uma Fiorino e um Fiat Uno, propagam que a imunização de crianças está sendo feita com uma vacina experimental. "Atenção pais, nós todos temos o dever de saber que não é obrigatória a vacinação experimental em nossos filhos. As escolas não podem exigir a vacinação e nem impedir o acesso de nossos filhos à sala de aula. Os fabricantes não garantem a eficácia da vacina e nem se responsabilizam pelos efeitos colaterais", diz o comunicado nos carros de som.
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