Dona Clotilde Rieck, de 78 anos, moradora da cidade de Cidreira, foi dada como morta e ressuscitou. É isso mesmo. O caso aconteceu em um posto de saúde do município, onde a idosa foi dada como morta por uma médica. Felizmente, ela conseguiu se mexer quando os funcionários da funerária já iam carregar o seu corpo. Agora, ela está internada em um hospital em Porto Alegre.
Familiares da idosa denunciam que a médica do posto de saúde 24 horas de Cidreira que atestou óbito de idosa. Clotilde Rieck, 78 anos, passou mal e estava no posto, quando sua morte foi constada pela profissional do posto de saúde. Alguns minutos após o atestado de óbito da paciente, funcionários de uma funerária da cidade vieram para recolher o corpo.
Ao entrarem no leito do posto de saúde para recolher o corpo, os agentes funerários tomaram um grande susto. Ao pegarem no corpo da idosa, ela abriu os olhos e levantou um dos braços. Clotilde estava sinalizando que não tinha morrido. Ela foi estabilizada e levada de ambulância para o Hospital da Santa Casa, em Porto Alegre.
Na casa de saúde da capital, Clotilde ficou durante uma semana em coma. Ela voltou a acordar na quinta-feira, 6 de janeiro, reconheceu os familiares e perguntou o que estava fazendo no hospital. Segundo o boletim médico a idosa agora está bem de saúde e não corre risco de morte.
Em busca de explicações
No posto de saúde, Clotilde foi atendida por uma equipe de três médicos, entre eles, a clínica-geral Anne Leticia de Oliveira Ferreira. A profissional assegura que a paciente ficou sem sinais vitais por 40 minutos e teria sofrido choque séptico, uma infecção generalizada que causa falência de órgãos. "Testifiquei que tinha ausência de sinais vitais e a minha equipe também testificou. Isso foi umas 10h. Lá pelas 13h40, notou-se que a paciente estava respirando. Então, fizemos todos os procedimentos, desde a medicação até a intubação para preservá-la. É muito curioso tudo isso", relatou a médica.
A família registrou boletim de ocorrência, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil e também pela direção-geral do hospital. Conforme a ex-chefe de gabinete da prefeitura de Cidreira, Irene Mendes, a casa de saúde abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta da equipe médica.