A relação da prefeitura de Bento Gonçalves com a Fundaparque, gestora do Parque de Eventos localizado no bairro Fenavinho, é, no mínimo, controversa. E, a depender dos encaminhamentos do governo, seguirá levantando questionamentos junto à comunidade.
Em 2020, houve a tentativa de repassar R$ 1 milhão para socorrer a entidade que administra o local, cedido pelo próprio Poder Público em comodato por décadas. Por questões burocráticas e um erro na rubrica que destinaria a verba, o dinheiro acabou não saindo dos cofres municipais.
Mais recentemente, já em 2021, a administração municipal também se tornou alvo de investigação do Ministério Público (MPRS) por planejar desembolsar R$ 312 mil pelo aluguel dos pavilhões dos quais, afinal de contas, é a verdadeira dona. A desculpa para a manobra era "compensar" a fundação pelo "empréstimo" da área para a realização da vacinação contra a Covid-19 e o armazenamento de bens que serão leiloados. Sem acreditar na justificativa, a promotoria recorreu à Justiça para barrar a negociação, que não havia sequer sido formalizada em contrato.
Agora, mais um episódio desta novela foi lançado: uma licitação, cujas propostas devem ser conhecidas em 12 de janeiro de 2022, prevê o investimento de R$ 47.208,49 da prefeitura para a reforma dos banheiros do Parque. A pergunta que fica é a seguinte: se a Fundaparque não tem condições de gerenciar a estrutura, não seria hora de o Poder Executivo rever o acordo que mantém com a entidade?
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