Depois da aprovação por unanimidade em primeira votação, no último dia 13, os vereadores de Bento Gonçalves rejeitaram definitivamente a criação de emendas impositivas ao orçamento municipal, na última Sessão do ano, realizada nesta quinta-feira, dia 23. Por meio delas, os parlamentares teriam um valor anual para apontar ao Executivo onde os recursos deveriam ser gastos.
Um dos motivos para a reviravolta foi a grande repercussão negativa da medida junto à comunidade, que temia que o dinheiro fosse usado com fins eleitoreiros, em repasses por futuras "trocas" por votos. Entretanto, essa não foi a única razão: nos bastidores, a reportagem do NB apurou que a divisão das cotas entre as bancadas também gerou impasse, porque em alguns casos as fatias seriam menores, a depender da quantidade de membros do partido.
De acordo com a proposição, seria destinado ao Legislativo o total de 1,2% da receita corrente líquida indicada pela prefeitura. O texto previa, ainda, que a metade deste montante deveria ser obrigatoriamente aplicada em Saúde ou Educação.
Nos valores atuais, cada vereador teria, de uma forma geral, cerca de R$ 400 mil anuais para indicar suas emendas, totalizando R$ 6,8 milhões entres os 17 edis. Entretanto, como o orçamento de 2022 está fechado, as emendas impositivas seriam elencadas no ano que vem para começarem a valer a partir de 2023.
Apenas os vereadores Duda Pompermayer (DEM), Ivar Castagnetti (PDT) e José Gava (PDT) mantiveram o posicionamento favorável à proposta.
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