Pensando no cansaço que pode fazer com que caminhoneiros durmam ao volante, a Ford desenvolveu um item relativamente simples, mas extremamente valioso para segurança do motorista. É quase inevitável. O motorista sozinho na boleia do caminhão dirigindo por horas, sendo muitas vezes à noite, o cansaço começa a dar sinais claros de que o sono está a caminho. Um segundo de distração ao volante pode significar um grave acidente. E como fazer para que o motorista desperte numa situação dessas? A Ford pensou em alertá-lo com sinais sonoros, luminosos e por vibração em um boné.
Chamado pela Ford de Boné Alerta, ele é igualzinho a um boné comum, pelo menos no desenho. Por dentro, traz um acelerômetro posicionado na lateral. Primeiro o boné faz uma calibração do sensor, percebendo os movimentos normais da cabeça. Depois de calibrado, ao notar algum movimento fora do comum, como a cabeça pendendo para um lado ou para frente (numa clara situação de pré-relaxamento), o chapéu emite três tipos de alerta: o acelerômetro vibra, emite um som e luzes posicionadas na parte de baixa da aba irão piscar.
De acordo com a marca, o desenvolvimento do sistema levou mais de 18 meses e foram percorridos mais de 5.000 quilômetros em testes feitos por um grupo de motoristas. Ainda assim, o projeto ainda está em seus primeiros passos, sem previsão de chegar às lojas. Ao colocá-lo na cabeça, basta acionar um botão na lateral para fazer a calibração. Depois de alguns segundos, o sistema começa ler e interpretar os movimentos da cabeça. Movimentos rápidos e aparentemente conscientes são ignorados, mas basta ficar alguns segundos imóvel e fazer um leve movimento de inclinação para que os alertas sejam disparados.
O grande diferencial do boné alerta comparado aos tradicionais sistemas de fadiga é o fato do “equipamento” estar na cabeça do motorista. O ponto sonoro é próximo ao ouvido, que somado à vibração e às luzes que piscam bem à frente dos olhos, o torna um excelente item de segurança. E o melhor, vale para qualquer motorista.
A Ford diz que ainda precisa realizar mais testes, além do processo de patenteamento e certificação, mas afirmou que está interessada em oferecer a tecnologia para parceiros e clientes, acelerando seu desenvolvimento.
“Este é um exemplo de tecnologia de vestir desenvolvida com foco nas pessoas, uma inovação com potencial para prevenir acidentes e tornar as vias mais seguras”, explica Lyle Watters, Presidente da Ford América do Sul. “Dessa forma, reforçamos nosso compromisso de trazer tecnologia embarcada não só nos veículos, mas também em acessórios capazes de facilitar a vida do motorista, e o foco na segurança como prioridade nos nossos investimentos em tecnologia.”
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