Uma jovem de 25 anos denunciou na delegacia de polícia que foi agredida e torturada com um taco de beisebol, socos e chutes em uma casa noturna de Bento Gonçalves onde trabalhava. A mulher alega ter sido ameaçada de morte e teve os dedos da mão e do pé quebrados devido as agressões sofridas. O caso será investigado pela Polícia Civil.
De acordo com o relato feito na delegacia, o crime teria ocorrido na madrugada do dia 12 de novembro. A mulher de 25 anos veio de Santa Catarina para trabalhar na casa noturna, onde estava trabalhando há algum tempo. A mulher relatou na delegacia que houve uma discussão entre ela e um policial, que faria bico de segurança na boate. Ele teria agarrado a mulher pelo pescoço e a sufocado, largando-a quando ela já estava quase desacordada.
Que, depois disso, foi mandada embora da casa noturna pelo gerente. Ela teria ido ao seu quarto na casa noturna para arrumar suas malas, quando o policial teria invadido o local e quebrado seu celular. Após isso, se trancou no quarto, que novamente foi invadido, desta vez pelo gerente do estabeleicmento. O homem teria dito para a mulher que lhe aplicaria um corretivo antes dela ir embora e, usando um taco de beisebol, desferiu golpes contra a vítima, quebrando os dedos da mão direita e do pé direito.
Logo depois, quando estava saindo da boate, discutiu novamente com o gerente, que teria efetuado um disparo para o alto. Foi então que o policial teria vindo novamente para cima dela e a agredido com três socos no rosto. Ela caiu no chão e foi agredida com chutes na barriga. Tendo seus pertences jogados na rua, sendo ameaçada de que se contasse para alguém o que tinha aocntecido seria morta.
Apesar das ameaças, na manhã do dia 12 de novembro, ela procurou a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) para realizar o registro de ocorrência policial. Logo após, a mulher foi encaminhada para exames de corpo de delito na Unidade de Pronto atendimento (UPA 24 Horas). No local foi confirmada a fratura nos dedos da mão direita e do pé direito.
Com medo de represálias na cidade, a mulher retornou para sua cidade em Santa Catarina. Ela irá representar judicialmente contra os acusados. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) como crime de lesão corporal.
A vítima relata que muitas mulheres têm sofrido agressões na casa noturna e que constantemente sofrem ameaças do mesmo gerente e do policial. "Infelizmente elas não têm coragem de mudar a situação em que se encontram, mas não vou ficar calada diante de tamanha humilhação", resumiu a mulher à reportagem do NB.
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