13°C 29°C
Bento Gonçalves, RS
Publicidade

Reforma da quadra do bairro Zatt já se arrasta há quase nove meses

Prazo original para as melhorias era de 90 dias. Associação de moradores espera contar com o espaço pelo menos para realizar atividades de fim de ano para as famílias

29/11/2021 às 13h50 Atualizada em 01/12/2021 às 08h39
Por: Marcelo Dargelio
Compartilhe:
(Reprodução)
(Reprodução)

Os moradores do bairro Zatt, em Bento Gonçalves, estão indignados com o grande atraso para entrega da obra da quadra do bairro. O local, que antes era de areia, recebeu um piso de concreto, mas ainda não foi concluído e devolvido à comunidade.

Os trabalhos iniciaram no começo de março, e deveriam durar apenas 90 dias, ou seja, até junho. No entanto, já se passaram mais de oito meses e, ao que tudo indica, a reforma está completamente abandonada pela empresa responsável, a EGM Construtora. O custo divulgado é de praticamente R$ 130 mil.

Além da ausência de um espaço adequado para brincar no dia a dia, a falta de um lugar para realizar eventos de final de ano é algo que preocupa as famílias. "Nessa época sempre pensamos em fazer atividades para as crianças. Antes, era de areia, mas nós tínhamos a quadra completa. Agora, as crianças estão brincando ali no meio, tem ferro, tem tudo. Não dá para ficar assim, em uma semana dá para resolver tudo aqui", afirma o presidente da Associação de Moradores, Antônio Dallasen.

Nesse meio tempo, ele também pede que a academia da saúde seja novamente instalada. "A academia foi retirada para arrumar uma tubulação. Mas essa tubulação foi arrumada e a academia foi embora", lamenta.

Outra obra, que ainda está no prazo, tem sido acompanhada de perto por Dallasen. Trata-se da construção da nova Escola Municipal Infantil (EMI) do bairro, que começou em julho e tem previsão para ser finalizada em oito meses. Junto à ela, também será feita a revitalização da praça e o prolongamento da rua Sérgio Rodrigues dos Santos, em um pacote de R$ 2,8 milhões que ficou a cargo da empresa Earqui. "É uma obra muito boa, mas está andando um pouco devagar. Vamos continuar cobrando, porque é muito importante para o bairro", completa o presidente.

Outra preocupação apresentada por Dallasen é o grande volume de terra que tem sido trazido constantemente de outros pontos da cidade e depositado nos arredores da obra da EMI. Segundo ele, esse aterramento pode afetar a rede de esgoto e gerar um problema grave. "Essa tubulação não vai suportar todo esse peso de terra em cima", alerta.

Entre as lutas da associação, está a busca por um terreno e recursos para a construção de uma sede própria. A curto prazo, outras ações mais simples também seguem sendo reivindicadas junto ao Poder Público, como a pintura das escadarias da comunidade.

O QUE DIZ A PREFEITURA
Sobre a reforma da quadra esportiva, a administração municipal ressalta que "inicialmente, a obra ficou paralisada para que a Secretaria de Viação e Obras Públicas pudesse concluir a tubulação de esgoto no local". "A empresa solicitou 30 dias para execução da academia de saúde e os postes de iluminação que mandou fazer", explica a diretora do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb), Melissa Bertoletti.

A empresa contratada alegou, ainda, dificuldades para conseguir material e mão de obra. "Foi realizada a notificação pela fiscalização por não cumprimento de cronograma físico-financeiro", acrescenta Melissa. Mesmo assim, ainda não há definição de um novo prazo para entrega.

No que se refere às obras da EMI, da praça e do prolongamento da via pública, "enquanto a empresa aguarda a chegada do material, será feita  limpeza no local", finaliza a diretora.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários