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João Dória vence as prévias eleitorais e é o pré-candidato à presidência do PSDB

Governador de São Paulo recebeu 54% dos votos e tem agora o desafio de pacificar o partido, além de buscar consenso com as demais legendas do chamado centro expandido

27/11/2021 às 21h11
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Estadão/Conteúdo
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Dória (de preto) espera a união do PSDB daqui pra frente - Foto: Gabriela Biló / Estadão
Dória (de preto) espera a união do PSDB daqui pra frente - Foto: Gabriela Biló / Estadão

O governador de São Paulo, João Doria, foi o vencedor das prévias tucanas para a escolha do pré-candidato do PSDB à Presidência da República em 2022. O anúncio foi feito em Brasília no início da noite deste sábado, 27, pelo presidente nacional da legenda, Bruno Araújo. Doria obteve 53,99% dos votos tucanos, derrotando o governador gaúcho Eduardo Leite, que somou 44,66%, e o ex-senador Arthur Virgílio, com 1,35%. A escolha foi feita por 30 mil filiados que participaram do processo de forma presencial ou remota. A decisão coloca fim à disputa interna e afunila ainda mais a busca entre os partidos do centro por uma terceira via.

O resultado oficial mostra que Doria só não foi escolhido pelos vereadores, que deram preferência a Leite. Os demais filiados, com cargo ou sem, deram a vitória ao governador de São Paulo em votações apertadas. Entre prefeitos e vice-prefeitos, por exemplo, o placar foi de 393 a 363. Nas bancadas federal e estaduais, a diferença foi de sete votos para Doria, que somou 37, e na chamada "elite tucana" - que reuniu senadores, governadores e vice e ex-presidentes do partido -, o paulista obteve 27 votos, contra 24 dados a Leite. A maior diferença foi marcada mesmo entre tucanos sem mandato: 15.646 votaram em Doria e 9.387 optaram pelo gaúcho.

Em seu discurso, Doria ressaltou que não há derrotados no processo interno do PSDB e afirmou que o partido é que foi vitorioso e que estará unido na "construção de um melhor projeto para o País". Na sequência, já apontou o rumo que sua eventual campanha deve tomar, o de ataque conjunto ao atual presidente, Jair Bolsonaro, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ambos líderes das pesquisas de intenção de voto. "Lula, você não terá em mim alguém complacente no debate. Fazer política pública aos mais pobres não dá a ninguém o direito de roubar", afirmou. Sobre Bolsonaro, o então candidato que apoiou em 2018, Doria foi igualmente crítico. Disse que o presidente "vendeu um sonho e entregou um pesadelo" e que seu projeto irá vencer tanto a corrupção quanto a incompetência e o negacionismo.

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