Gravações foram disseminadas nas redes sociais mostrando pelo menos três homens acusados de participarem do esquema de venda de carne de cavalo em formato de hambúrguer em Caxias do Sul sendo interpelados pelos detentos dentro de uma penitenciária. As cenas foram gravadas dentro do presídio ainda na sexta-feira, 19 de novembro. No sábado, 20, após a exibição dos vídeos em grupos de whatsapp, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) realizou uma operação para apreender os aparelhos nas celas dos envolvidos.
Os vídeos repercutiram nas redes sociais neste sábado, 20 de novembro, e forma gravados na noite da sexta-feira, 19, dentro da penitenciária em Caxias do Sul. Os presos questionaram os acusados sobre várias coisas, como por quanto compravam os cavalos, se sabiam de todo o esquema e tudo mais. Nas imagens quem aparece são Reny Mezzomo, seu filho Eduardo Mezzomo e Alexandre Gedoz.
Confira o vídeo da conversa com os detentos
Após a divulgação das imagens, a Susepe realizou uma operação no final da manhã deste domingo, 21 de novembro. Os agentes forama até as celas onde estão os presos e apreenderam dois celulares sem baterias e sem chips. A Susepe também emitiu uma nota sobre o fato, informando que irá instalar bloqueadores de celulares nas penitenciárias.
Confira a nota na íntegra
"Hoje (20), por volta do meio-dia, a Susepe realizou uma revista na Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, após denúncia anônima envolvendo a utilização de celular da unidade prisional.
Uma operação foi realizada em celas onde encontravam-se os apenados envolvidos no esquema de venda de carne de cavalo para lanchonetes, em Caxias do Sul. Foram apreendidos dois celulares, sem baterias e sem chips, que foram encaminhados para registro da ocorrência. A casa prisional não têm bloqueadores de celulares e antidrones em todos os dispositivos.
Contudo, ontem, apresentamos os recursos do Avançar nos Sistemas Penal e Socioeducativo, que consta com a contratação deste sistema. Serão comprados três drones para o sistema penal (R$ 117 mil), 25 scanners corporais, equipamentos usados para revista nas unidades prisionais para barrar entrada de materiais ilícitos (R$ 7 milhões), e sistemas de bloqueador de celular e antidrones para 15 unidades prisionais, com tecnologia nova capaz de identificar, bloquear e rastrear aparelhos eletrônicos (R$ 29,2 milhões).
O sistema antidrones proibirá a entrada de materiais ilícitos, como por exemplo, aparelhos de celular."
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