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Bolsonaro coloca "água no chopp" de filiação no PL

Em Dubai, presidente colocou dúvida em filiação e cúpula do partido adia evento que estava confirmado para o dia 22 de novembro.

14/11/2021 às 19h32
Por: Marcelo Dargelio Fonte: Estadão/Conteúdo
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Bolsonaro coloca

Parece que com o presidente Jair Bolsonaro, a definição só é válida depois que estiver assiando. Após ter garantido que estaria 99% acertado com o Partido Liberal (PL), aquele 1% parece ter influenciado o mandatário do país a mudar de ideia. O presidente colocou um verdadeiro balde de água fria nas pretensões do PL durante manifestação na manhã deste domingo, 14 de novembro, em Dubai. A surpresa foi tão grande que fez a cúpula do partido adiar a data da filiação, que estava marcada para o dia 22 de novembro.

 Apoios do PL a políticos de esquerda irritaram o clã Bolsonaro. A filiação estava agendada para o dia 22, dias após o retorno de Bolsonaro, que faz um giro por países árabes, ao País, mas foi postergada. Segundo Bolsonaro, o adiamento foi combinado com o presidente da sigla.

Por meio de nota, o PL também declarou que, após conversas com o presidente, o evento de filiação está suspenso e que não há data para que seja realizado. De acordo com a sigla, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tomou a decisão após "intensa troca de mensagens na madrugada deste domingo, 14, com o presidente Jair Bolsonaro".

Durante visita à feira Dubai Air Show, nos Emirados Árabes Unidos, Bolsonaro afirmou que a filiação só é válida após ele assinar embaixo. “Tenho muita coisa a conversar com o Valdemar Costa Neto ainda. Afinal de contas, não é a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Queremos um projeto de Brasil e o discurso não é apenas o meu, mas do presidente do partido também. Temos que estar perfeitamente alinhados”, frisou o presidente.

Há desacordo principalmente sobre quatro Estados, três deles no Nordeste, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, costuma ter seu melhor desempenho eleitoral: Piauí, Pernambuco e Bahia. Além disso, São Paulo ainda está em questão. O Palácio do Planalto vai buscar um nome viável e alinhado para o Palácio dos Bandeirantes – o preferido do presidente é o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. “A gente não vai aceitar por exemplo em São Paulo apoiar alguém do PSDB”, disse Bolsonaro. “Não tenho candidato em São Paulo ainda. Talvez o Tarcísio aceite esse desafio”, finalizou Bolsonaro.

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