Integrando o calendário de eventos do Mês da Consciência Negra 2021 de Bento Gonçalves, o Movimento Negro Raízes fez o lançamento de sua nova logomarca. A apresentação ocorreu na noite desta terça-feira, 9 de novembro, na Fundação Casa das Artes.
O conceito da nova logomarca envolvendo as simbologias de referência Afro-brasileira foram idealizadas pelos coordenadores Marcus Flávio e Solana Corrêa e a arte produzida pelo Desenhista Douglas Garcia Dias. Ela traz os Orixás Ogum (Orixá Guerreiro que não abandona suas causas e não foge do campo de batalha) e Iemanjá (A grande Mãe de todos os Deuses e da Humanidade e Senhora das Águas). O Preto Velho Ancestral, com sua sabedoria e olhar vigilante sobre tudo e todos, o tambor como o instrumento mensageiro que faz a comunicação entre o plano terreno e o plano astral, bem como meio para que as diversas tribos e povos africanos ‘conversassem’ entre si. Também há as Mães Pretas, as Rezadeiras, representando a maternidade preta, sendo o maior ato de resistência contra opressão escravagista.
Ainda compõem a logomarca a ‘semi-moldura’ trazendo traços geométricos que compõem a arte africana situada muito antes da história registrada. A letra em formato entalhado ‘Movimento Negro Raízes’ também trazendo referência a arte africana em rocha Nigeriana que conserva entalhes de 6.000 anos.
No mesmo ato foi também lançada a nova logomarca da BANDA RAÍZES, o segmento artístico do Movimento, que tem repertório totalmente voltado para o SAMBA, sendo as apresentações da Banda, prioritariamente para eventos culturais.
A logo da Banda está simbolizada pelo Baobá, árvore símbolo das culturas africanas tradicionais. Os ‘velhos’ Baobás africanos de troncos enormes suscitam a impressão de serem testemunhas dos tempos imemoriais.
Na sua cosmogonia, a árvore Baobá surge como o princípio da conexão entre o muno sobrenatural e o mundo material.
Ao pé do Baobá está colocado o Pandeiro, historicamente um instrumento símbolo do Samba, aliado como uma espécie de escudo vivenciando na ‘pele’ as dificuldades na luta pelo seu estabelecimento como representação cultural através da musicalidade afro na sociedade brasileira.
Exposição também marcou solenidade
Compondo o calendário de eventos do Mês da Consciência Negra no município, também na noite de terça-feira deu-se o início da exposição (IN)visíveis ‘Presença Negra na Cultura Pradense’ do fotojornalista Cau Guebo vinda da cidade de Antonio Prado RS. A exposição permanece até dia 03 de dezembro, no hall de entrada da Fundação Casa das Artes.
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